Europa tenta ganhar terreno na tecnologia 6G

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Direitos de autor FRED DUFOUR/AFP
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De  Isabel Marques da SilvaChristopher Pritchard
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As empresas europeias Nokia e Ericsson lançaram o projeto Hexa-X, no início deste ano, que reúne os principais participantes da indústria para desenvolver a tecnologia 6G.

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Paralela à atual batalha entre a China e o Ocidente pelo domínio na instalação da tecnologia de telecomunicações 5G (quinta geração), já está em curso a corrida pelo nível seguinte. A tecnologia 6G (sexta geração) só deverá estar desenvolvida dentro de uma década, mas não há tempo a perder.

O governo chinês lidera no mercado de infra-estruturas e produtos 5G, pelo que a Europa se prepara para ganhar terreno, investindo mais na sua estratégia de digitalização.

“Estamos a lançar os nossos principais programas de investigação sobre 6G. A tecnologia 6G vai exigir progressos no desempenho, por forma a termos capacidade de transmissão de dados suficiente para, por exemplo, permitir os programas de telepresença ou de geminação digital. Portanto, será uma grande mudança e é importante que a Europa tenha boa capacidade tecnológica", explicou Peter Stuckmann, chefe da Unidade de Sistemas de Conectividade do Futuro da Comissão Europeia, em entrevista à euronews.

As telecomunicações 5G já vão permitir maior interação entre humanos e máquinas como inteligência artificial, tais como carros autónomos.

Mas a tecnologia 6G poderá permitir experiências que pensávamos ser do domínio da ficção científica, tais como a comunicação via hologramas e a manipulação de objetos à distância.

“Com o 6G poderemos repensar amplamente todos os ecossistemas económicos e humanos e criar versões otimizadas da realidade. Isso acontecerá na indústria manufatureira, na educação, no entretenimento. Mas o mais positivo é que ainda estamos a definir o que será o 6G, logo ainda estamos a criar os padrões, a refletir sobre o modelo", afirmou Alessandro Gropelli, diretor de Estratégia e Comunicação da ETNO, em entrevista à euronews.

Padrões e limites via acordo mundial

Face ao grande avanço chinês e às atuais rivalidades politicas e económicas, é provável que a UE tenha que colaborar com aliados tais como os EUA e o Japão.

Mas para haver concorrência leal é preciso ter um acordo mundial sobre os padrões e limites a respeitar, considera Mauri Pekkarinen, eurodeputado liberal finlandês: “É óbvio que é necessário definir um padrão global porque existe uma concorrência muito forte". 

"Quem vai começar a definir esses padrões? É por isso que é necessário dialogar. Sabemos que, na prática, precisaremos da tecnologia 6G dentro de dez anos. Mas, no que se refere a padrões, é muito importante que possamos em breve começar a debater a sua definição”, afirmou à euronews.

As empresas europeias Nokia e Ericsson lançaram o projeto Hexa-X, no início deste ano, que reúne os principais participantes da indústria para desenvolver a tecnologia 6G.

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