Companhias preparam o regresso aos céus em segurança. Para além de inspeções e testes técnicos também os pilotos têm que regressar à formação prática e teórica
Desde o início da pandemia que milhares de aviões por todo o mundo se viram forçados a permanecer em terra.
Com o avanço das campanhas de vacinação e alívio gradual das restrições, as companhias aéreas preparam agora o regresso ao trabalho para o que muitos anteveem como um verão semi-normal.
Mas à regresso à normalidade apresenta desafios.
Os aparelhos desativados há meses têm que ser sujeitos a centenas de horas de testes técnicos e de segurança antes de poderem levantar vôo. É o que acontece aos aviões da frota da Brussels Airlines.
"Este aparelho está há um ano sem voar e agora vamos iniciar o procedimento de retorno operacional. São necessárias muitas horas de inspeção e o desempenho de várias tarefas de modo a garantir o regresso aos ares em segurança. Como pode ver, todos os sistemas do aparelho são testados. Cada componente é inspecionado e testado de acordo com os manuais. É assim que garantimos o retorno em segurança", afirma Simon Michaux, líder da equipa técnica da Brussels Airlines.
No final de Abril, o fluxo de tráfego aéreo nos céus europeus atingiu 62% em relação a 2019.
No entanto, trata-se de uma melhoria relativamente ao ano passado, altura em que a interrupção do tráfego aéreo na Europa atingiu quase 100%.
Mas o regresso às operações não depende apenas dos aviões. Também os pilotos, afastados do trabalho há meses, precisam de adicionar horas de voo o que implica o regresso à formação teórica e prática, incluindo o recurso a simuladores.
"Realizamos testes a intervalos regulares para avaliar os progressos. Fazemos isso continuamente para nos certificarmos que os pilotos atingem os padrões necessários. Nenhum piloto é autorizado a voar se não cumprir os requisitos de voo em segurança, essa é a nossa preocupação principal", adianta o chefe dos instrutores de voo da Brussels Airlines, Jeremy Rooms.
À medida que o verão se aproxima, as companhias aéreas prevêem que a maioria das frotas regresse ao serviço até ao início da época de férias.