UE e EUA tentam recuperar dos "efeitos" da era Trump

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Direitos de autor Evan Vucci/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved
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De  Euronews
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A cimeira entre as duas partes serviu para reafirmar planos de intenções e mostrar vontade em cooperar no rescaldo de um período de turbulência

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Bruxelas recebeu a última cimeira entre a União Europeia (UE) e os EUA, apenas quatro meses depois do início da presidência de Donald Trump.

O encontro não rendeu muito. Foi uma espécie de calma antes da tempestade, porque depois foi sempre a descer e não houve mais cimeiras entre as partes.

Agora Washington e Bruxelas começaram uma operação de limpeza e de charme.

A reparação mais urgente passa pela remoção das tarifas às importações de aço e alumínio da União Europeia e das contra medidas europeias. Mas há um problema: a indústria americana do aço não desgosta das tarifas, mas as indústrias que sofrem o impacto do contra-ataque europeu odeiam-nas.

Joe Biden, o sucessor de Trump, é chamado a agir, mas com cautela. A secretária do Comércio dos EUA, Gina Raimondo, aponta o dedo à China: "O verdadeiro problema não é a União Europeia em si. É a China e o excesso de aço e de alumínio barato que é canalizado para os nossos mercados. Depois há um efeito de spill-over para os EUA e isso ameaça a nossa indústria do aço e os nossos trabalhadores, que são vitais. É uma matéria complexa."

Parte do trabalho dos parceiros transatlânticos passa por gerir a concorrência com a China, que coloca grandes desafios em matéria de comércio e tecnologia.

Lidar com as práticas alternativas de Pequim e com abusos económicos será um esforço conjunto importante.

"Precisamos de definir juntos as regras no que se refere a tecnologias emergentes. Precisamos de assegurar que podemos confiar uns nos outros para um fornecimento de semicondutores, por exemplo. Portanto, a verdadeira estratégia é ter uma América e uma UE fortes", lembra Gina Raimondo.

Política climática, pandemia, política externa e fiscal são outras áreas em que EUA e UE concordaram cooperar mais.

O tempo é crítico. Em 2024, Donald Trump poderá voltar à carga, com impacto nas relações transatlânticas.

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