CE revela propostas legislativas para cortar 55% das emissões até 2030

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De  Pedro Sacadura
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Greenpeace diz que pacote legislativo "Fit for 55" está bastante aquém do que a ciência exige para limitar o aquecimento global a 1.5°C

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Em nome de um futuro verde, a Comissão Europeia apresentou o aguardado pacote legislativo "Fit for 55", para atingir a meta de cortar 55% das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.

São 13 propostas que prometem mudar o estilo de vida europeu, a mobilidade, produção e comércio.

"A Europa é agora o primeiro continente a apresentar uma arquitetura abrangente para atender às nossas ambições climáticas. Temos o objetivo, mas agora apresentamos um roteiro de como chegar lá. O nosso pacote legislativo tem como objetivo aliar a redução de emissões a medidas de preservação da natureza e para colocar o emprego e o equilíbrio social no centro dessa transformação", sublinhou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante a conferência de imprensa de apresentação do plano.

Um dos pilares do pacote climático "Fit for 55" é o Sistema de Comércio de Emissões da União Europeia, que fará grandes setores, como o do transporte marítimo e aviação, pagar para poluir.

Haverá também tributação para a importação de produtos como o aço ou cimento, através do chamado "Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira" (CBAM na sigla inglesa).

Na prática, vai impulsionar-se o desenvolvimento de energias renováveis, como a solar ou eólica, mas também o desenvolvimento da mobilidade verde.

Como tudo isto pode conduzir a um aumento no preço da energia para os cidadãos europeus, a União Europeia está a planear criar um "fundo social de ação climática" para evitar tensões sociais.

As medidas terão impacto na indústria, mas também nos cidadãos. Basta ver o exemplo dos carros. Em 2035, a Comissão Europeia espera que as empresas parem de vender veículos a gasóleo e gasolina e os substituam por veículos elétricos.

Mas esta é apenas a primeira etapa de um longo processo que se pode estender por pelo menos dois anos. Os Estados-Membros e o Parlamento Europeu vão agora iniciar as negociações para transformar estas propostas em leis.

A Greenpeace já disse que o pacote legislativo "não está à altura" dos desafios do combate às alterações climáticas e que está bastante aquém do que a ciência exige para limitar o aquecimento global a 1.5° C.

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