Reabertura do ano escolar em tempo de pandemia

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Direitos de autor Raul Mee/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved
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De  Euronews
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Covid-19 e as variantes da doença continuam a ensombrar o regresso às aulas

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O início do mês de setembro trouxe o arranque do ano escolar em vários países europeus.

A situação é bem diferente da que se vivia há um ano. Nesta fase, 70% da população adulta da União Europeia está totalmente vacinada e estão disponíveis duas vacinas para os jovens com mais de 12 anos. Mas o impacto da variante Delta e o cenário de medidas adicionais é motivo de preocupação entre os sindicatos de professores.

"Temos de ser concretos sobre a forma como as medidas de saúde e de segurança estão a ser implementadas na escola. É importante que isso seja comunicado de forma clara e esse é um dos principais problemas - que são difíceis de gerir durante uma pandemia - quando uma decisão é tomada muito tarde. Por vezes, a decisão é tomada numa sexta-feira ou num domingo ao final do dia para ser implementada na segunda-feira", sublinhou, em entrevista à Euronews, Susan Flocken, Diretora na Europa do Comité Sindical Europeu para a Educação (ETUCE).

Apesar de as vacinas estarem amplamente disponíveis, nem todos os professores receberam uma dose. Os sindicatos consideram que as vacinas não deveriam ser obrigatórias.

"A vacinação deve ser sempre voluntária. Não deveríamos impor as vacinas. É importante existir a oferta para vacinar e essa foi uma das principais questões no início. Não havia proteção, de todo, para os professores durante esse período. Foi então que sublinhámos de forma contundente que os professores devem ser levados em conta neste grupo prioritário. Esta é uma profissão que envolve pessoas", lembrou Susan Flocken.

Dados do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças revelam que só 12,1% dos jovens com menos de 18 anos na União Europeia receberam pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19.

Mas os números são muito diferentes no bloco comunitário. Na Bélgica, por exemplo, 23,6% dos adolescentes receberam pelo menos uma dose da vacina. Na Bulgária, os números caem para 0,5%.

No início do verão, a Agência Europeia do Medicamento aprovou duas vacinas diferentes para maiores de 12 anos: da Moderna e da Pfizer/BioNTech. Pouco tempo depois, vários países europeus começaram a vacinar os adolescentes, o que pode ajudar no regresso à escola após um ano difícil para alunos e professores.

“Os alunos terão dificuldades porque não atingiram o mesmo nível que normalmente alcançariam. E, claro, os professores e plano de estudos têm de adaptar-se para esta situação. [Os professores] terão de lidar com alunos que se encontram em diferentes níveis de aprendizagem", referiu Susan Flocken.

Este é o segundo ano escolar que se inicia em tempo de pandemia. Os efeitos prometem ter um grande impacto sobre os alunos.

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