Estado da União: Clima, soberania digital e pandemia em perspetiva

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Durante o discurso desta terça-feira, em Estrasburgo, presidente da Comissão Europeia lembrou que a pandemia ainda não acabou e que o "próximo ano será um teste de caráter"

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O discurso anual da presidente da Comissão Europeia sobre o Estado da União serviu para refletir sobre o ano passado e, acima de tudo, para olhar para o futuro, onde a saúde tem lugar de peso.

No Parlamento Europeu, em Estrasburgo, Ursula von der Leyen lembrou as conquistas na batalha contra a pandemia de Covid-19 e deixou um auto-elogio sobre o combate à pandemia: "Seguimos a ciência, ajudámos a Europa, ajudámos o resto do mundo. Fizemos as coisas da maneira certa, porque fizemos tudo à maneira europeia. Acredito que funcionou."

Por outro lado, a líder do executivo comunitário propôs a criação de uma nova autoridade de emergência sanitária para fortalecer a capacidade da União Europeia em lidar com possíveis crises sanitárias, garantindo que "nenhum vírus transformará, outra vez, uma pandemia local numa pandemia global."

Foco no futuro digital e tecnológico para a recuperação europeia

Ursula von der Leyen também destacou a importância do digital num futuro em que a Europa se afirma do ponto de vista tecnológico.

Lembrando a importância do investimento em competências digitais e da "soberania tecnológica", a presidente do executivo comunitário referiu: "Neste momento, dependemos de chips de última geração fabricados pela Ásia. Por isso, vamos fazer todos os esforços para melhorar a situação."

Bruxelas vai, por isso, apresentar o "European Chips Act." Na prática pretende criar-se um ecossistema europeu de semicondutores, colocando o continente de volta na corrida tecnológica. Será dada ênfase à produção, segurança, fornecimento e desenvolvimento de "novos mercados para tecnologias europeias inovadoras."

Rumo a um futuro mais verde

O Pacto Ecológico Europeu, um dos temas espinhosos, esteve igualmente em destaque no discurso da presidente da Comissão Europeia.

As ambições verdes de Bruxelas em nome da neutralidade climática exigem vontade política e, acima de tudo, dinheiro. Mas Ursula von der Leyen, tentou deixar uma mensagem de tranquilidade.

"Asseguraremos que a maior ambição climática vem acompanhada de maior ambição social, porque esta deve ser uma transição justa. É por isso que propusemos o novo Fundo Social para a Ação Climática, de modo a combater a pobreza energética de que sofrem, neste momento, 34 milhões de europeus”, disse.

Para que as promessas saiam do papel, von der Leyen precisará, no entanto, do apoio dos eurodeputados e dos líderes europeus.

Discursos a parte, o trabalho difícil vai desenvolver-se à porta fechada em Bruxelas e nas capitais europeias para chegar a um entendimento sobre o que reserva o futuro da Europa.

Em matéria de política externa, von der Leyen falou de desafios como o Afeganistão e a Bielorrússia. Defendeu, também, a política de defesa comum entre os Estados-membros, uma questão continuamente evocada desde a retirada das tropas americanas do Afeganistão.

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