O Estado da União segundo Ursula von der Leyen

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Direitos de autor Yves Herman/REUTERS
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Presidente da Comissão Europeia elencou prioridades para 2021, incluindo a realização de uma cimeira europeia de defesa no ano que vem

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O discurso anual sobre o Estado da União, que a presidente da Comissão Europeia proferiu, esta quarta-feira, em Estrasburgo, é um ponto alto da agenda europeia.

Este ano, Ursula von der Leyen procurou captar a atenção dos jovens para as políticas que lidera.

"A nossa União será forte se for mais parecida com a próxima geração - reflexiva, determinada e preocupada. Alicerçada em valores e ousada na ação", sublinhou a líder do executivo comunitário.

Um dos anúncios mais importantes do discurso foi o da organização de uma cimeira europeia, em 2022, para desenvolver uma "União Europeia de Defesa."

No ar ficou também a hipótese de se levantar o IVA na compra de equipamento militar vendido internamente no bloco comunitário. Um assunto que preocupa eurodeputados de países que não fazem parte da NATO.

"Todo o foco na defesa é particularmente preocupante para os Estados-membros não-alinhados e que estão totalmente comprometidos com a paz, a reconciliação e as forças de manutenção da paz de forma a expressar os valores europeus internacionalmente", referiu o eurodeputado irlandês do grupo Renovar a Europa, Barry Andrews.

Assegurar a autonomia europeia na produção de semicondutores foi outro dos temas em destaque que muitos eurodeputados, como o co-líder do Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia, receberam de braços abertos.

"Diria que a maioria reconhece que fomos longe demais ao nos tornarmos dependentes. Isso não significa parar a globalização ou revertê-la, mas talvez o cursor tenha ido longe demais", lembrou Phillip Lamberts.

Depois do discurso do ano passado, que marcou a estreia de Ursula de von der Leyen, Bruxelas apresentou uma série de propostas destinadas a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 55% até 2030. O assunto também foi invocado pela presidente do executivo comunitário.

"Evitar criar uma cortina de ferro verde e garantir que aprendemos com a crise migratória de 2015. Não podemos permitir ficar novamente divididos sobre esse assunto", insistiu a eurodeputada búlgara Eva Maydell, do grupo do Partido Popular Europeu.

Ursula von der Leyen deixou igualmente claro que a Comissão Europeia fará propostas para combater a violência de género antes do fim do ano.

"Há anos que pedimos esta lei contra a violência doméstica porque todos os dias na Europa há mulheres que são assassinadas pelos agressores e ninguém pode tolerar isto. Não é um problema privado, é um problema para as instituições e também para as instituições europeias", referiu Iratxe García Pérez, líder do grupo dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu.

Mais uma vez, o presidente da Comissão Europeia não mencionou diretamente a Polónia e a Hungria ao abordar as questões de retrocesso democrático, mas estão em curso os procedimentos para evitar, potencialmente, que o dinheiro europeu vá para esses países.

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