Google tenta anular multa de Bruxelas de 4,34 mil milhões de euros

Google tenta anular multa de Bruxelas de 4,34 mil milhões de euros
Direitos de autor GABRIEL BOUYS/AFP
Direitos de autor GABRIEL BOUYS/AFP
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Gigante tecnológica e Comissão Europeia medem forças no Luxemburgo

PUBLICIDADE

Nos próximos cinco dias, o Luxemburgo será o palco de um duelo de titãs que tem como pano de fundo uma multa histórica de 4,34 mil milhões de euros.

A Google e a Comissão Europeia começaram, esta segunda-feira, a esgrimir argumentos junto do Tribunal Geral da União Europeia. Em causa está a coima que Bruxelas impôs à gigante tecnológica norte-americana em julho de 2018 por violação da concorrência.

A empresa é acusada de firmar contratos ilegais com fabricantes de dispositivos Android e operadores de redes. O alegado objetivo: fortalecer o domínio do motor de busca da gigante tecnológica.

“É verdade que a Google investiu muito no ecossistema Android. Permitiu que esse ecossistema florescesse. A Comissão Europeia culpa a Google de abusar da posição dominante ao forçar e impor restrições aos fabricantes de smartphones. Isso torna mais difícil para os rivais da Google a operar no mercado de motores de busca serem uma opção para os fabricantes de telemóveis", explicou, em entrevista à Euronews, Alexandre de Cornière, especialista em economia digital e investigador na Toulouse School of Economics.

A Google defende-se das acusações de forçar os fabricantes a pré-instalar o navegador Chrome e o motor de buscas Google nos dispositivos Android como condição para fornecer acesso à Play Store, chegando assim a mais clientes.

Alega, igualmente, que o sistema operativo reforçou a concorrência em vez de a bloquear.

Para a empresa, as pressões também chegam, agora, dos reguladores dos EUA.

“Desde o início da administração Biden vimos grandes mudanças. Agora as grandes empresas de tecnologia estão debaixo do fogo dos reguladores nos EUA e a situação até começou a tornar-se mais intensa do que na Europa. Existem ameaças de as separar e muitos processos judiciais em curso. Penso que estamos a assistir a uma espécie de convergência e talvez os EUA estejam a assumir a liderança na luta contra as tecnológicas”, acrescentou Alexandre de Cornière.

A audição no tribunal do Luxemburgo prossegue durante a semana. O braço-de-ferro ainda promete fazer correr muita tinta.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Política da UE. Parlamento Europeu terá novas regras mas há poucas mudanças para as mulheres

Líderes da UE sob pressão de Zelenskyy para reforçar as defesas aéreas da Ucrânia

Debate sobre o futuro do Pacto Ecológico reacende profundas divisões