Reserva Federal dos EUA anuncia redução do apoio à economia

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FED aposta numa redução gradual dos estímulos à economia e a subida das taxas de juros em 2022. BCE considera "muito improvável" seguir essa linha no próximo ano

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A Reserva Federal dos Estados Unidos da América anunciou que vai começar a reduzir o apoio monetário que tem dado à economia do país para colmatar os efeitos da pandemia da Covid-19.

Com a economia a recuperar, o Banco Central norte-americano acredita que esse apoio já não é necessário, mas enfrenta agora a delicada tarefa de reduzir as suas políticas de taxas de juros ultra baixas.

O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, anunciou que "o tempo para a subida das taxas e o início da redução de apoios dependerá do caminho da economia. Pensamos que podemos ser pacientes. Se for necessária uma resposta, não hesitaremos".

Do outro lado do Atlântico, o Banco Central Europeu diz que é "muito improvável" aumentar as taxas de juros no próximo ano.

A inflação está a crescer em ambos os lados do Oceano, mas a presidente do BCE, Christine Lagarde, acredita que este é um problema temporário.

De acordo com alguns especialistas, a prudência da Europa deve-se ao facto de a economia europeia estar a recuperar mais lentamente do que a norte-americana.

"Esperamos que a Reserva Federal dos Estados Unidos aumente as taxas de juro, no próximo ano. Para a Europa, parece que isso poderá ser algo a acontecer em breve. Ontem ouvimos Christine Lagarde dizer que ela não esperava que as condições económicas fossem tais que as taxas de juro fossem aumentadas ao longo do próximo ano. Quando o BCE diz isso tão explicitamente, então isso é um bom sinal de que, de facto, a Europa estará um pouco mais atrasada em termos de uma primeira subida de taxas em comparação com os Estados Unidos", referiu o economista sénior da ING, Bert Colijn.

A iniciativa do BCE de estímulos à economia durante a pandemia, conhecida como o Programa de Compras de Emergência Pandémica, deverá terminar em março de 2022.

No entanto, para os analistas a grande questão agora é saber se vai continuar, no próximo ano, algum tipo de compra de obrigações fora desta iniciativa.

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