Tensão entre Minsk e União Europeia conheceu novos desenvolvimentos, esta semana
Enquanto a Europa tenta lidar com uma quarta vaga da pandemia de Covid-19, em plena expansão, a situação nas fronteiras externas do bloco comunitário com a Bielorrússia continua tensa.
No início desta semana, houve cenas de violência. As forças polacas dispararam gás lacrimogéneo e usaram canhões de água contra migrantes que atiravam pedras e tentavam cruzar a fronteira.
Varsóvia acusou Minsk de danificar uma vedação de arame farpado para que os migrantes pudessem atravessar, o que fortaleceu a visão generalizada na União Europeia de que o homem forte da Bielorrússia, o presidente Alexander Lukashenko, está a usar os migrantes como arma para vencer batalhas políticas.
Durante esta semana também se viu alguma diplomacia cautelosa para aliviar a tensão.
A chanceler alemã em exercício, Angela Merkel, conversou por telefone com Aleksander Lukashenko duas vezes no espaço de poucos dias. Depois dessas conversas, o presidente bielorrusso pareceu indicar que agora está disposto a neutralizar a crise que ajudou a criar.
O assunto está em destaque nesta edição de "Estado da União", em que também estamos à conversa com Anders Fogh Rasmussen. O presidente da consultora Rasmussen Global, antigo secretário-geral da NATO e ex-primeiro-ministro da Dinamarca analisa o envolvimento da Rússia.