Tensões no leste europeu e Covid-19 aquecem cimeira de líderes da UE

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Chefes de Estado e de Governo da União Europeia deixaram claro que qualquer agressão militar por parte de Moscovo na fronteira com a Ucrânia terá consequências massivas

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Vacinação e coordenação continua a ser o mantra oficial dos líderes europeus quando o assunto é a pandemia de Covid-19 e a nova variante Ómicron.

Na cimeira desta quinta-feira, em Bruxelas, tornou-se evidente a irritação porque Itália, Portugal, Grécia e Irlanda, decidiram exigir à chegada dos passageiros um teste PCR além do certificado de vacinação obrigatório para viajar.

Roma ainda não está a postos para mudar de ideias.

Por isso, os chefes de Estado e de Governo dos 27 pediram à Comissão Europeia para trabalhar na validade dos Certificados Digitais Covid da União Europeia.

O objetivo é salvar o documento e torná-lo uniforme para todo o bloco.

"Se tivermos novos regulamentos nacionais individuais, como é que convencemos as pessoas a vacinar-se? Porque o fato é que se temos este certificado é para mostrar às pessoas que é decisivo poder abrir as portas e ter mais liberdades. Se não se fizer a diferença entre pessoas vacinadas e não vacinadas, porque é preciso um teste PCR, penso que é uma ideia errada," sublinhou o primeiro-ministro do Luxemburgo, Xavier Bettel.

Outro tema quente da cimeira de Bruxelas: lidar com a Rússia e o reforço de tropas junto à fronteira com a Ucrânia.

Alguns Estados-membros pressionaram o novo chanceler alemão - que se estreou nas cimeiras europeias - para congelar o projeto do gasoduto Nord Stream 2.

Os 27 acabaram por reiterar o apoio à soberania e à integridade territorial da Ucrânia. Ressalvaram que qualquer agressão militar da parte de Moscovo terá consequências massivas.

"A prioridade é evitar uma escalada. Mas está claro que, de um ponto de vista europeu e do ponto de vista da NATO, tem de ficar muito bem assente que a integridade territorial da Ucrânia tem de permanecer intocável," ressalvou o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo.

A evolução dos preços da energia também gerou divisões.

Hungria e Polónia defendem o fim de alguns elementos do Pacto Ecológico Europeu que entendem ter um custo pesado nas contas das famílias.

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