A compra de objetos em segunda mão poupa toneladas de recursos

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De  Aurora Velezeuronews
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Iniciativa europeia promove "parques de reutilização" (Smart Reuse Parks). Projeto reúne nove países.

Uma cooperativa em Vicenza é pioneira na arte de dar uma segunda vida aos objetos e gera empregos graças à economia circular.

Não muito longe do centro histórico da cidade italiana, os trabalhadores da cooperativa social Insieme recolhem todo o tipo de objetos que se destinavam à lixeira. Graças ao coletivo criado em 1979 os objetos são reciclados ou recondicionados, e depois vendidos.

A cooperativa é um dos chamados "parques inteligentes de reutilização" (em inglês _Smart Reuse Park_s) do projeto Surface. Uma iniciativa europeia que luta contra o desperdício, promove a reutilização de objectos, apoia projetos sociais e gera emprego.

"Gosto de vir aqui e comprar algo em segunda mão porque gosto da ideia de dar uma nova história a algo que já tem uma historia. Hoje estou à procura de joias. Mas se eu encontrar outra coisa, compro", afirmou Fedrica Santimária, cliente frequente da Cooperativa.

Projeto europeu Surface luta contra o desperdício

O projeto Surface reúne dez parceiros de nove países europeus (República Checa, Áustria, Alemanha, Itália, Hungria, Croácia, Polónia, Eslovénia, Bélgica) e tem uma duração de três anos. O orçamento total da iniciativa é de 2,16 milhões de euros. Um milhão e 780 mil euros provêm da política de coesão europeia. Em cinco anos houve 254 atividades, uma poupança de mais de 1600 toneladas de resíduos foram criados 253 empregos.

A integração sócio-profissional é uma das prioridades da estrutura.

“Aqui em Itália é o meu primeiro trabalho. Sem trabalho não se pode fazer nada. Ficamos na rua, sozinhos. Mas graças a Deus, consegui este trabalho, gosto muito, é óptimo", contou Sylvester Odijie, originário da Nigéria.

Mais de mil toneladas de materiais chegam todos os anos aos armazéns da cooperativa. 700 toneladas são recondicionadas e revendidas. As bicicletas, aparelhos elétricos e vestuário são os produtos que se vendem melhor. Graças a um ateliê de costura, foi possível implementar uma verdadeira economia circular.

Katharina Hoch recupera e arranja casacos que já ninguém quer para evitar que acabem numa lixeira. "São precisos 30 a 40 anos para que um casaco se decomponha na terra. Tentei transformar os casacos com um mínimo de esforço numa nova peça de vestuário", explicou Katharina Hoch.

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