União Europeia pode adotar medidas adicionais se as novas sanções não bastarem para deter a ofensiva do presidente russo Vladimir Putin contra a Ucrânia
A União Europeia (UE) anunciou um novo pacote de sanções contra a Rússia. É considerado o mais duro conjunto de medidas de sempre adotado em Bruxelas.
Reunidos num Conselho Europeu extraordinário, os chefes de Estado e de Governo da UE mostraram-se unidos contra o presidente russo, Vladimir Putin, que consideram imprudente e brutal.
"Vladimir Putin decidiu agora fazer uma guerra contra aUcrânia, mas não vai ganhar esta guerra, porque os cidadãos da Europa querem a paz, o Estado de direito e a democracia. E os cidadãos da Ucrânia demonstraram isso muito claramente", sublinhou o chanceler alemão Olaf Scholz, presente no encontro de Bruxelas.
Vários líderes europeus dizem que a Rússia e a economia do país precisam de sentir a pressão esmagadora das sanções, tornando-sedifícil - senão impossível - a realização de transações económicas e financeiras.
"Falar é fácil. Basta de conversa. Há bastante ingenuidade entre nós e trivialidade. Temos de agir e de reagir de forma muito decidida. Há civis a morrer. A cada minuto, a cada hora", lembrou o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki.
O homólogo belga, Alexander De Croo, acrescentou: "não precisamos de sanções que ladram. Precisamos de sanções que mordem. E se as sanções mordem, precisam morder completamente. Isso significa que precisamos de sanções que tenham um grande impacto no lado russo."
As sanções destinam-se, entre outras coisas, a enfraquecer a posição tecnológica da Rússia, crítica para várias indústrias e consumidores do país, bem como para estancar a capacidade financeira para financiar a guerra e as aspirações do Kremlin.
Na cimeira também ficou claro que a Europa tem mais cartas para jogar caso estas sanções não sejam efetivas para conter.