Ucrânia: "porta para o alargamento da NATO continua aberta"

Ucrânia: "porta para o alargamento da NATO continua aberta"
Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Embaixadora dos EUA na NATO confirmou isso mesmo em entrevista exclusiva à Euronews e disse que "a Rússia não tem poder de veto sobre esse processo"

PUBLICIDADE

Desde que a invasão russa começou na Ucrânia, a sede da NATO, em Bruxelas, está em alerta máximo. Na capital belga, Julianne Smith, a embaixadora dos EUA na Aliança Atlântica, é os olhos e os ouvidos da Casa Branca e do Departamento de Estado americano.

Em entrevista exclusiva à Euronews comentou os últimos desenvolvimentos.

Méabh Mc Mahon, Euronews - O presidente da Ucrânia,Volodymyr Zelensky, dirigiu-se aos eurodeputados no Parlamento Europeu, em Bruxelas. Pediu a adesão do país à União Europeia. E o que dizer sobre uma eventual adesão à NATO?

Julianne Smith, embaixadora dos EUA na NATO - A Ucrânia é um parceiro desta Aliança. Estamos a trabalhar com a Ucrânia há muitos anos para garantir que o país pode tomar as medidas necessárias para se tornar membro. Fomos muito claros nas nossas mensagens tanto para os russos, no início de janeiro, como no comunicado da cimeira do verão passado, sublinhando que a porta para o alargamento da NATO continua aberta e que a Rússia não tem poder de veto sobre esse processo.

Méabh Mc Mahon, Euronews - Neste momento, o que vemos são ucranianos, sem preparação, homens e mulheres a pegar em armas. Têm alguma hipótese contra o poder militar da Rússia?

Julianne Smith, embaixadora dos EUA na NATO - Neste momento, é difícil fazer qualquer previsão. Penso que o que diríamos é que estamos maravilhados com a resiliência e com a coragem quem tem sido demonstrada pelos ucranianos todos os dias, pelo Governo, pelas forças armadas. Tem sido realmente notável de assistir. Juntos, a NATO e a União Europeia estão à altura deste desafio e a dar apoio.

Méabh Mc Mahon, Euronews - E esse apoio é suficiente para parar a guerra, para parar o presidente russo Vladimir Putin?

Julianne Smith, embaixadora dos EUA na NATO - Não sei o que acabará por parar a guerra. Esperamos que Vladimir Putin pare a guerra. Está nas mãos dele. A única saída para isso é que Moscovo pare de invadir, pare com esses ataques esmagadores em cidades em toda a Ucrânia. Queremos que as forças russas saiam. Queremos ver um cessar-fogo. E todos nós continuamos a transmitir essa mensagem a Moscovo.

Méabh Mc Mahon, Euronews - E em relação às ameaças nucleares vindas de Vladimir Putin? Acredita que ele vai fazer algum avanço?

Julianne Smith, embaixadora dos EUA na NATO - Obviamente, o que ouvimos de Moscovo, sobre a intenção de aumentar a prontidão ou o nível de alerta das suas forças nucleares, foi incrivelmente provocatório, perigoso e preocupante. Estamos preocupados que isso possa aumentar a possibilidade de um erro de cálculo. A NATO, no entanto, e os EUA, não querem qualquer tipo de conflito com a Rússia. E como ouviram colegas meus dizer no estado de Washington, não estamos a fazer nenhum ajuste nos nossos níveis de alerta, neste momento.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Centenas de tanques russos muito perto de Kiev

Guerra na Ucrânia, dia 6: TPI foca-se nos "crimes de guerra" e Kremlin acentua ofensiva

Cimeira: Líderes querem criar novo "pacto de competitividade" para a UE