Hungria bloqueia embargo da UE contra a energia russa

Gabrielius Landsbergis, chefe da diplomacia da Lituânia
Gabrielius Landsbergis, chefe da diplomacia da Lituânia Direitos de autor Mariam Zuhaib/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
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Budapeste exige mais investimentos europeus para modernizar infraestrutura energética do país

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O acordo ao nível dos ministros europeus dos negócios estrangeiros permanece distante.

A Hungria continua a bloquear o embargo petrolífero contra a Rússia, praticamente duas semanas após a Comissão Europeia ter apresentado a proposta de redução gradual da compra de petróleo a Moscovo.

Budapeste quer mais investimentos europeus para a construção de infraestruturas incluindo novos oleodutos para compensar as perdas.

"A Comissão Europeia causou um problema com a proposta, por isso é legítimo esperar que a Hungria e o povo húngaro ofereça uma solução para o financiamento dos investimentos e para compensar ou evitar aumentos de preços. O que iria requerer a completa modernização do setor energético da Hungria, um valor na ordem de 15 a 18 mil milhões de euros", afirma Péter Szijjártó, ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros.

Para o chefe da diplomacia lituana, é necessário encontrar uma solução na medida em que a UE não pode ficar refém da Hungria na questão do embargo ao petróleo russo.

"E agora, infelizmente, toda a União Europeia ficou refém de um estado-membro que não nos ajuda a encontrar um consenso", denuncia Gabrielius Landsbergis.

Segundo o Alto Representante da UE para Política Externa, a discussão com a Hungria é agora de nível técnico de forma a compreender quanto dinheiro e tempo serão necessários para encontrar uma solução.

Josep Borrell contudo sublinhou que existe convergência nos objetivos.

"Uma coisa é clara para todos no Conselho: na União Europeia temos de nos livrar da energia da Rússia no que diz respeito ao petróleo e gás. Temos de nos livrar desta forte dependência que nos torna muito vulneráveis", disse Josep Borrell.

Outros três estados-membros encontram-se particularmente dependentes dos combustíveis fósseis.

Bulgária, República Checa e Eslováquia querem que a Comissão Europeia continue a permitir a importação de energia russa para além de dezembro de 2024. Se a Hungria recuar, eles dizem que também aceitarão o acordo.

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