Sanções contra Gerhard Schröder? Eurodeputados dizem "sim"

Ligações de Gerhard Schröder à Rússia também não caem bem entre os sociais-democratas alemães
Ligações de Gerhard Schröder à Rússia também não caem bem entre os sociais-democratas alemães Direitos de autor Burhan Ozbilici/Copyright 2018 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Pedro SacaduraSandor Zsiros
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Ex-chanceler alemão continua a fazer parte e a trabalhar para empresas russas da área da energia o que está longe de agradar na União Europeia, mais ainda desde que a Rússia invadiu a Ucrânia

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Para grande parte dos eurodeputados, Gerhard Schröder deve estar na mira das sanções europeias contra a Rússia.

O ex-chanceler alemão mantém uma ligação estreita com o presidente russo Vladimir Putin. Continua a fazer parte e a trabalhar para empresas russas ligadas à área da energia, o que está longe de cair bem no Parlamento Europeu, onde se aprovou, esta quinta-feira, uma resolução a favor de sanções com 575 votos a favor.

O eurodeputado alemão Andreas Schwab explicou, à Euronews, as motivações: "tenho muito respeito pelo senhor Schröder como chanceler, mas no trabalho que tem neste momento - após as decisões tomadas pela União Europeia e pelo governo alemão - definitivamente não só não é útil, como também está a agir ativamente contra a política comum de defesa dos valores europeus. Por isso, decididamente, tem de entrar para a lista de sanções."

Schröder foi chanceler da Alemanha entre 1998 e 2005.

Mais tarde, o social-democrata assumiu lugares de destaque em gigantes energéticas russas, o que não é visto com bons olhos, mais ainda desde que a Rússia invadiu a Ucrânia.

Schröder tornou-se persona non grata por recusar abandonar as funções, inclusivamente no seio da família política na Alemanha

O eurodeputado Jens Geier, do partido social democrata alemão SPD, o mesmo do atual chanceler Olaf Scholz, disse à Euronews que as ações de Schröder nada têm a ver com a postura do SPD.

Acrescentou que o partido apoia a Ucrânia e que é trágico que Schröder atue unicamente "como homem de negócios" e apoie "o lado errado da história."

O voto no Parlamento Europeu não é vinculativo. Caberá a Bruxelas decidir dar um passo seguinte.

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