Eurodeputado impedido de entrar em Israel pede reciprocidade da UE

Tensão entre israelitas e palestinianos voltou a subir de tom
Tensão entre israelitas e palestinianos voltou a subir de tom Direitos de autor Mahmoud Illean/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
De  Aida Sanchez Alonso
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Manuel "Manu" Pineda defende a medida caso o veto não seja levantado. O eurodeputado espanhol contava iniciar, esta segunda-feira, uma visita à região, como presidente da delegação do Parlamento Europeu para as relações com a Palestina, mas não conseguiu

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Manuel "Manu" Pineda, o eurodeputado espanhol que foi impedido de entrar em Israel, defende o princípio da reciprocidade e uma resposta idêntica da União Europeia (UE), se o país não levantar o veto.

Esta segunda-feira, Pineda contava iniciar uma visita à região, como presidente da delegação do Parlamento Europeu para as relações com a Palestina, acompanhado de seis eurodeputados.

Não conseguiu e acredita que tem tudo a ver com o facto de ter pedido para incluir num debate no Parlamento Europeu o tema do assassinato da jornalista palestiniana da Al-Jazeera Shireen Abu Akleh, morta durante um ataque israelita na Cisjordânia ocupada.

"Interpreto isto como uma sanção tácita, não em relação a mim, mas em relação ao Parlamento Europeu, por se ter posicionado contra o assassinato da jornalista. Esta é a minha interpretação. Faltou-se ao respeito a este Parlamento. Isto é um atropelo ao Parlamento. Não ia ao terreno como Manuel Pineda ou como eurodeputado do grupo da esquerda no Parlamento Europeu. Ia deslocar-me na qualidade de presidente da delegação do Parlamento Europeu para as relações com a Palestina", sublinhou, em entrevista à Euronews, o eurodeputado espanhol do grupo da Esquerda no Parlamento Europeu.

De visita a Israel, Roberta Metsola, discutiu o assunto com o ministro israelita dos Negócios Estrangeiros.

A presidente do Parlamento Europeu visitou o parlamento de Israel (Knesset) e apelou à paz entre israelitas e palestinianos.

Defendeu a solução de dois estados, o que provocou algumas reações de desagrado entre alguns dos presentes no Knesset.

"Sei que há quem não concorde e sei que houve vários falsos começos neste processo. Sei que nem todos têm a paz como um objetivo. E sei como deve ser difícil dizer a uma mãe cujo filho foi morto que a paz é a resposta. Há muitas dessas mães. Demasiadas", lembrou Metsola.

Durante o discurso no Parlamento israelita - que foi interrompido - Metsola também referiu a luta contra o antissemitismo.

A UE defende a solução de dois Estados em nome da paz no Médio Oriente, com Jerusalém como a capital de ambos.

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