Chéquia aposta num futuro com energia nuclear

A construção de novas centrais nucleares na Chéquia arranca em 2029 e durará cerca de sete anos
A construção de novas centrais nucleares na Chéquia arranca em 2029 e durará cerca de sete anos Direitos de autor Petr David Josek/AP
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De  Méabh Mc Mahon
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País vai construir novas centrais. França está alinhada, mas Estados-membros como Alemanha ou Áustria estão contra o uso desta fonte de energia

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Na União Europeia (UE), o nuclear continua a ser uma aposta com futuro, pelo menos para alguns Estados-membros.

Alemanha e Áustria querem deitar esta fonte de energia para trás das costas, mas a Chéquia, sem acesso ao mar, vai investir em novas centrais nucleares.

A construção arranca em 2029 e durará cerca de sete anos.

A "luz verde" dos eurodeputados, para classificar o nuclear como investimento sustentável, trouxe alívio para o físico nuclear Vladimír Wagner.

"A taxonomia é outra burocracia, mas se o nuclear estiver na taxonomia, será uma situação um pouco melhor para o nuclear", sublinhou Wagner.

Como a Chéquia, França também pensa um futuro alimentado pela energia nuclear. Afinal de contas, permite gerar 40% da eletricidade do país.

Mas, a milhares de quilómetros de distância, em Praga, este não é um tema consensual, com a população fortemente dividida entre o apoio e as críticas.

À frente da presidência rotativa da UE nos próximos seis meses, a Chéquia tem um desafio difícil pela frente.

Por um lado tem de dar resposta aos preços elevados da energia, liderando ao mesmo tempo a transição climática do bloco.

Por outro, tem de preparar-se, igualmente, para um eventual corte russo no abastecimento de gás.

"Temos de dar resposta aos cidadãos europeus. Temos de fornecer energia suficiente para aquecer as casas deles, para que a indústria funcione de forma correta. Isso não significa que deixaríamos o Pacto Ecológico Europeu para trás, mas temos de ser inteligentes na maneira como fazemos as coisas", sublinhou Jan Lipavský, ministro dos Negócios Estrangeiros da Chéquia.

Esta quarta-feira, Bruxelas apresenta planos para armazenar gás para um inverno seguro.

Consumidores e empresas serão convidados a poupar energia, mas entre um verão abrasador e um inverno que se adivinha conturbado será tudo menos fácil.

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