Reintrodução do cultivo de cereais nas regiões alpinas de Itália e Áustria

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De  Francisco Fuentes
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Numa quinta perto de Montagnana, no norte de Itália, o cultivo tradicional de milho-miúdo conquistou espaço entre as grandes plantações de trigo ou milho.

Numa quinta perto de Montagnana, na região de Veneto, no norte de Itália, o cultivo tradicional de milho-miúdo conquistou espaço entre as grandes plantações de trigo ou milho. Os cereais tornam possível produzir alimentos sem glúten adequados a pessoas com a doença celíaca.O proprietário é um dos beneficiários do projeto europeu "Re-cereal" para reintroduzir o cultivo de aveia, milho-miúdo e trigo mourisco nas regiões em redor dos Alpes italianos e austríacos.

O "Re-cereal" não é apenas um projeto para aumentar a biodiversidade com a reintrodução de culturas tradicionais no território, mas é também um projeto científico. O Dr. Schär, o principal produtor europeu de alimentos sem glúten, tem o centro de investigação e desenvolvimento no parque tecnológico de Trieste.

O milho-miúdo em particular é uma cultura que responde muito bem mesmo em condições adversas. Este ano, em Itália e em toda a Europa há uma grande onda de calor e uma grande seca e, infelizmente - não é um problema a+enas deste ano.
Silvano Ciani
Dr. Schär

Há mais de dois anos que se analisam as propriedades genéticas, agronómicas e nutricionais de dez variedades diferentes de trigo mourisco e doze outras variedades de milho-miúdo.

O projeto Re-cereal surgiu há seis anos com um orçamento de mais de 1,3 milhões de euros, dos quais quase um milhão provém dos fundos da "Política de Coesão Europeia". Um projeto de cooperação transfronteiriça entre a Itália e a Áustria.

O investimento total para o projeto "RE-CEREAL" é de 1 322 623 euros, com o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional da UE a contribuir com 999 999 euros através do Programa Operacional "Interreg V-A - Itália-Áustria" para o período de 2014-2020. O investimento enquadra-se na prioridade "ambiente e eficiência de recursos". (Fonte: União Europeia).

Instituições, entidades públicas e privadas estão envolvidas neste projeto para optimizar os métodos de cultivo. Também para desenvolver novas tecnologias para o fabrico de farinhas de trigo mourisco, milho-miúdo e aveia, com características especiais. E também para promover a sua utilização na produção de alimentos sem glúten e outros alimentos tradicionais.

"Destas variedades, escolhemos as que tinham características muito importantes, sejam agronómicas, tecnológicas, nutricionais ou sensoriais. E estamos a prosseguir com este mesmo projeto de hibridização destas variedades para tentar que sejam ainda melhores no futuro", disse  Virna Cerne Diretora Sénior de Investigação e Desenvolvimento na Dr. Schär.

Um futuro ainda a descobrir...

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