Estado da União: As novas ameaças de Putin terão consequências

O presidente russo, Vladimir Putin, mobilizou 300 mil reservistas para a guerra na Ucrânia
O presidente russo, Vladimir Putin, mobilizou 300 mil reservistas para a guerra na Ucrânia Direitos de autor AP/Russian Presidential Press Service
Direitos de autor AP/Russian Presidential Press Service
De  Stefan GrobeEfi Koutsokosta & Isabel Marques da Silva
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Estado da União: As novas ameaças de Putin terão consequências

PUBLICIDADE

Num sinal de que o esforço de guerra está a ser difícil, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou, esta semana, a mobilização de cerca de 300 mil reservistas. Como reação, milhares de pessoas tentaram marcar viagens para países onde não são necessários vistos e centenas de pessoas foram presas em manifestações contra a guerra, em cerca de 40 cidades russas.

A situação está a aquecer na Rússia e sentindo-se encurralado, Putin também renovou o aviso sobre a utilização de armas nucleares: "Àqueles que se permitem tais declarações em relação à Rússia, quero lembrar que o nosso país também dispõe de vários meios de destruição, e alguns são mais modernos do que os dos países da NATO. Quando a integridade territorial do nosso país for ameaçada, para proteger a Rússia e o nosso povo, utilizaremos, certamente, todos os meios à nossa disposição. Isto não é um bluff".

Putin não quis citar nomes, mas destacou "pessoas em Washington, Londres e Bruxelas" que, segundo ele, estão a tentar derrotar a Rússia por todos os meios.

A União Europeia reagiu de forma enérgica, através do Alto Representante para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell: "Esta referência às armas nucleares representa uma tentativa irresponsável e cínica de minar o nosso apoio inabalável à Ucrânia. Estas ameaças comprometem, a uma escala sem precedentes, a paz e a segurança internacionais. Mas elas não abalarão a nossa determinação".

Entrevista a Anna Lührmann, ministra de Estado e da Europa, da Alemanha

A União Europeia continua a trabalhar em medidas para combater as consequências económicas da guerra, nomeadamente a crise energética. O tema foi abordado na reunião de Assuntos Gerais, esta semana, em Bruxelas, e a euronews entrevistou Anna Lührmann,ministra de Estado e da Europa, da Alemanha.

**Efi Koutsokosta/euronews:**A principal preocupação em toda a UE é, evidentemente, os preços da energia. Gostaria de lhe perguntar sobre as novas propostas apresentadas pela Comissão Europeia. O que pensa delas,, incluindo a da poupança de eletricidade? Serão estas medidas suficientes para baixar os preços?

Anna Lührmann/ministra alemã: Estou muito grata à Comissão por ter agido rapidamente e ter agora proposto uma série de medidas, sobre as quais estou muito confiante que nos ajudarão a reduzir os preços e, também, a reduzir o consumo. As propostas da Comissão destinadas, em particular, a taxar os lucros inesperados das empresas de energia são muito necessárias, para que possamos utilizar esses benefícios extraordinarios não justificados por qualquer esforço extra que as empresas tenham feito. É devido à forma como o mercado da energia está estruturado que temos esses excedentes, que devem se recanalizados para os consumidores, em particular as famílias mais necessitadas. É preciso reduzir as contas que pagam".

Veja a entrevista na íntegra acima, no vídeo.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Milhares de russos contra a mobilização de Putin

Ucrânia, energia e reformas dominam discurso sobre Estado da UE

Que preços de energia é que a UE quer limitar?