Divergências energéticas persistem entre os líderes europeus

A questão de um teto aos preços do gás continua a gerar divisões profundas entre os 27
A questão de um teto aos preços do gás continua a gerar divisões profundas entre os 27 Direitos de autor Darko Bandic/Copyright 2022 The AP.
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Chefes de Estado e de Governo da União Europeia estiveram reunidos numa cimeira informal em Praga

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A União Europeia está à procura de uma solução conjunta contra a escalada dos preços da energia, mas não é fácil.

As diferenças persistiram na cimeira informal de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, esta sexta-feira, em Praga.

Algumas ideias em cima da mesa ganharam tração, como um mecanismo de compra conjunta de energia.

"Uma coisa está clara. Há um amplo consenso de que na próxima primavera, no final do inverno, quando os nossos stocks estiverem esgotados, será de extrema importância haver compras conjuntas de gás para evitarmos afetar-nos uns aos outros e para termos poder de negociação coletiva", sublinhou, em conferência de imprensa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Mas a introdução de tetos ao preço do gás natural ainda gera polémica.

Os líderes de França, Alemanha e Países Baixos mostraram-se unidos na cimeira informal, ainda que Berlim prefira uma aliança com o G7 para baixar os preços e evitar o risco de perder fornecimentos.

Há muitas posições distintas e diferentes problemas domésticos para dar resposta.

"Apoiamos um teto máximo para os preços do gás se isso não prejudicar a segurança do abastecimento, porque se estamos no mercado mundial a competir pelo Gás Natural Liquefeito, por exemplo, e se a nossa região tem um teto para os preços e as outras não, ficaríamos sem gás porque ninguém quereria vender-nos", ressalvou a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas.

A cimeira foi uma oportunidade para a Alemanha explicar a decisão de injetar 200 mil milhões de euros para ajudar empresas e famílias a fazer face à escalada de preços da energia.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, defendeu-se das críticas de uma posição individualista, que pode criar distorções no mercado único.

"Se olhar ao redor, precisa de perceber que o que estamos a fazer está algures a meio de algumas decisões que outros países tomaram há algum tempo", disse aos jornalistas.

Os líderes europeus voltam a encontrar-se dentro de duas semanas. Deverão entender-se sobre a melhor forma de reformar o mercado energético para fazer descer os preços.

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