NATO: Escudo Europeu do Céu liderado pela Alemanha

Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO
Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO Direitos de autor Olivier Matthys/2022 The AP
De  Christopher PitchersIsabel Marques da Silva
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Portugal não está entre os 14 países da NATO que assinaram uma carta de intenções com vista à aquisição conjunta de armas.

PUBLICIDADE

A NATO está a levar a sério as ameaças do regime russo sobre o uso de armas nucleares. Se forem postas em prática, conduzirão a uma resposta com consequências graves para o Kremlin.

Esta foi a principal mensagem do secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, no final da reunião dos ministros da Defesa da NATO, em Bruxelas, acusando ainda o presidente russo, Vladimir Putin, de discurso irresponsável.

"As circunstâncias nas quais a NATO poderá ter de utilizar armas nucleares são extremamente remotas. A retórica nuclear da Rússia é perigosa, imprudente e o regime sabe que se utilizar armas nucleares contra a Ucrânia isso terá consequências graves", disse.

"E sabe também que uma guerra nuclear não pode ser ganha e nunca deve ser combatida", acrescentou Stoltenberg, referindo que Moscovo não parece estar a fazer preparativos concretos para usar estas armas.

Portugal não está entre os 14 países da NATO que assinaram uma carta de intenções com vista à aquisição conjunta de armas para o chamado Escudo Europeu do Céu, sob coordenação da Alemanha. Grã-Bretanha, Eslováquia, Noruega, Letónia, Hungria, Bulgária, Bélgica, Chéquia, Lituânia, Países Baixos, Roménia e Eslovénia são os Estados-membros da Aliança que participam no consórcio.

A Finlândia, país candidato à adesão, associou-se ao projeto anunciado pela ministra alemã da Defesa, Christine Lambrecht: "Queremos construir um projeto comum de defesa aérea e de defesa em terra, e ao assinar, hoje, o Memorando de Entendimento, estamos a lançar esta iniciativa que visa partilhar a nossa responsabilidade comum pela segurança do nosso continente".

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse, em finais de agosto, que a Alemanha planeia investir fortemente na sua defesa aérea durante os próximos anos, num modelo que permitirá trabalhar em estreita relação com os aliados europeus.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Estado da União: Ocidente reforça apoio à Ucrânia

"O cenário mais provável é um teste nuclear"

Sondagem: Apoio dos cidadãos europeus à Ucrânia continua elevado