Energia: PM de Portugal propõe novo uso para a bazuca

António Costa, na conferência de imprensa após a cimeira da UE
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De  Isabel Marques da Silva
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Energia: PM de Portugal propõe novo uso para a bazuca. A Comissão Europeia propôs usar fundos de coesão do anterior orçamento da UE (2014/2021), mas o governo português considera que não se devem desviar verbas já comprometidas.

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Os ministros da Energia começarão, em breve, a limar as arestas do acordo genérico para baixar os preços do gás (e da eletricidade) desenhado na cimeira da UE, quinta e sexta-feira, com base na proposta legislativa da Comissão Europeia. 

Mas os ministros da Economia e das Finanças poderão ter maior dificuldade em chegar a acordo sobre como  utilizar as verbas comunitárias para ajudar as famílias e as empresas a lidarem com as chorudas contas que continuam a pagar.

A Comissão Europeia propôs usar fundos de coesão do anterior orçamento da UE (2014/2021), mas o governo português considera que não se devem desviar verbas já comprometidas.

O que propusemos como medida pragmática, para se avançar com carácter de urgência, é utlizar as verbas já autorizadas pela Comissão Europeia para o Próxima Geração UE.
António Costa
Primeiro-ministro, Portugal

O primeiro-ministro, António Costa, prefere apostar no uso otimizado do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), criado para lidar com os efeitos da pandemia de Covid-19.

"Há países que, recorrentemente, dizem que podem ser criados novos instrumentos desde que não seja preciso novo dinheiro. Se não há novo dinheiro, temos de reutilizar o dinheiro que já existe. O que propusemos como medida pragmática, para se avançar com carácter de urgência, é utlizar as verbas já autorizadas pela Comissão Europeia para o Próxima Geração UE (o PRR). Pode-se pegar  na parte dos empréstimos que os países não utilizaram (220 mil milhões de euros) para um mecanismo que os países possam usar para apoiar as empresas e as famílias", disse, em conferência de imprensa, no final da cimeira.

O chefe de Governo também deu explicações mais detalhadas sobre como foi possível chegar a acordo com a Espanha e a França sobre o novo Corredor de Energia Verde, nomeadamente com o líder francês, Emmanuel Macron, mais resistente à ideia de aumentar as interconexões energéticas entre a Península Ibérica e o resto do continente europeu (ver vídeo).

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