Chanceler alemão foi o anfitrião da Cimeira dos Balcãs Ocidentais que decorreu em Berlim
Para Olaf Scholzé tempo dos países dos Balcãs Ocidentais resolverem as diferenças que atrasam as ambições europeias e se unirem, numa altura em que a guerra da Rússia prossegue na Ucrânia.
O chanceler alemão recebeu esta quinta-feira em Berlim, na Conferência dos Balcãs Ocidentais, líderes da Albânia, Bósnia-Herzegovina, Kosovo, Montenegro, Macedónia do Norte e Sérvia. Participaram ainda a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
O encontro terminou com a assinatura de acordos de reconhecimento mútuo de documentos de identidade, diplomas universitários e qualificações profissionais para facilitar viagens, mas também se ouviram recados para a Sérvia e Kosovo.
"A brutal guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia força-nos a estar juntos para preservar a liberdade e a segurança da Europa. Já é hora de superar os conflitos regionais que continuam há muito tempo, conflitos que dividem e impedem os vossos países de fazer o caminho europeu. O processo de normalização entre a Sérvia e o Kosovo, em particular, deve acelerar. Então vamos fazê-lo", apelou o chanceler alemão.
Scholz lembrou a importância de países como a Sérvia estarem alinhados nas sanções contra a Rússia.
Albânia, Bósnia-Herzegovina, Kosovo, Montenegro, Macedónia do Norte e Sérvia partilham uma ambição europeia comum.
Mas os processos rumo à integração avançam a diferentes velocidades.
Em Berlim, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, lembrou que a guerra na Ucrâniaabriu uma nova janela de oportunidade: "neste momento, devo dizer que sentimos um vento de mudança na Europa. Devido à situação geopolítica, é da maior importância fazer avançar o processo de adesão dos Balcãs Ocidentais e aqui partilhamos a mesma atitude. Queremos que os nossos amigos estejam na União Europeia."
A 6 de dezembro haverá uma Cimeira União Europeia-Balcãs Ocidentais em Tirana, na Albânia.
Será a primeira vez que o encontro acontece na região e num país que não é membro de pleno direito da UE.