Parlamento Europeu declara Rússia como "patrocinadora de terrorismo"

Parlamento Europeu designa Rússia como estado patrocinador do terrorismo
Parlamento Europeu designa Rússia como estado patrocinador do terrorismo Direitos de autor Leo Correa/Copyright 2022 The AP. All rights reserved.
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Os eurodeputados votaram a favor de declarar a Rússia como um estado patrocinador de terrorismo

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Ataques indiscriminados contra civis ucranianos, bombardeamento de hospitais e infraestruturas por toda a Ucrânia, estes são apenas exemplos de ataques terroristas segundo o Parlamento Europeu que esta quarta-feira votou por larga maioria a favor do reconhecimento de Moscovo como um**"estado patrocinador de terrorismo"**.

Os eurodeputados querem agora que a Comissão Europeia e o Conselho ajam de forma mais decisiva.

"Pedimos à Comissão e ao Conselho que desenvolvam instrumentos jurídicos especiais, porque, por enquanto, a União Europeia não tem tal regulamentação como, por exemplo, os americanos, que têm uma lei especial sobre a designação dos Estados que patrocinam o terrorismo...Por outro lado, dizemos que a Rússia deve ser cada vez mais isolada enquanto utiliza tais meios terroristas", defende Andrius Kubilius, eurodeputado lituano e antigo primeiro-ministro. 

A votação poderia abrir o caminho para que Putin e o seu governo fossem responsabilizados por quaisquer possíveis crimes de guerra.

Mas nem todos são a favor de rotular a Rússia como estado patrocinador de terrorismo.

Um eurodeputado da Hungria, cujo governo é um dos poucos que permanecem alinhados com Putin na Europa, diz que o enfoque deve ser o fim da guerra.

"A União Europeia deve colocar a ênfase na criação da paz e de um cessar-fogo o mais rapidamente possível e depois uma situação que ponha fim à guerra, que acabe com o conflito militar", afirma Balázs Hidvéghi, eurodeputado húngaro. 

Reagindo ao voto do Parlamento Europeu, o presidente ucraniano Zelenskyy denunciou a Rússia como estado patrocinador do terrorismo.

Os eurodeputados apelaram também aos governos da UE para acelerarem a conclusão de uma nova ronda de sanções contra o Kremlin.

Mas o voto não é vinculativo, o que significa que os estados membros podem, em última análise, optar por ignorá-lo ou não.

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