Espaço Schengen: Croácia entra, Roménia e Bulgária não

Apesar do apoio da Comissária Europeia (dir), a Bulgária (ministro à esq) foi um dos países não aprovados
Apesar do apoio da Comissária Europeia (dir), a Bulgária (ministro à esq) foi um dos países não aprovados Direitos de autor União Europeia
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Apesar do parecer positivo da Comissão Europeia depois de vários relatórios, não houve unanimidade no Conselho da UE.

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A Croácia será o novo membro do espaço Schengen de livre circulação, a partir do próximo dia 1 de janeiro. A Roménia e a Bulgária vão ter, ainda, de esperar, apesar da Comissão Europeia considerar que os dois países cumprem os critérios.

Mas, nesses dois casos, não houve unanimidade no voto durante a reunião dos ministros dos Assuntos Internos da União Europeia, quinta-feira, em Bruxelas.

Já o caso da Croácia era um dado adquirido e as boas-vindas foram dadas por Ylva Johanssen, Comissária europeia para os Assuntos Internos: "Parabéns à Croácia e a todos os cidadãos croatas". 

"Mereciam fazer parte integrante de Schengen e agora foi tomada essa decisão. São mais do que bem-vindos!", disse Johanssen aos jornalistas.

No caso dos países que chumbaram, a Bulgária recebeu os votos negativos da Áustria e dos Países Baixos. A Roménia recebeu voto negativo da Áustria.

O problema da migração irregular

Apesar do parecer positivo da Comissão Europeia, depois de vários relatórios, para o governnate austríaco estes dois países não fizeram o suficiente para ajudar a travar a migração irregular que chega à UE. Refere que 40% das pessoas que chegaram ao seu território passaram pela Bulgária ou pela Roménia.

"O sistema não está, atualmente, a funcionar. A Áustria teve mais de 100 mil pessoas a atravessarem ilegalmente as suas fronteiras, das quais 75 mil não foramr egistados pelos serviços, mas que circulam na Europa, através dos países que estão no espaço Schengen. Primeiro temos de melhorar, significativamente, o sistema e só depois voltar a votar a inclusão destes países, se estiverem em conformidade", disse Gerhard Karner, ministro do Interior da Áustria, à imprensa.

O homólogo búlgaro, Ivan Dem Erdzhiev, rejeita que o seu país seja o elo fraco na cadeia que se forma na chamada rota dos Balcãs com vista a levar migrantes para a Europa central e ocidental.

"A Áustria não tem quaisquer dados precisos sobre a proveniência destes migrantes. Tanto nós como a Comissão consideramos que o fluxo deriva da isenção de vistos na Sérvia", referiu o ministro do Interior da Bulgária.

Parlamento Europeu fala de discriminação.

Os dois países ficam, por agora, à porta do espaço que integrará 23 dos 27 Estados-membros da UE, bem como o Liechtenstein, a Islândia, a Noruega e a Suíça.

Os governos da Bulgária e Roménia admitem manter um "diálogo construtivo", mas poderão, também, recorrer a medidas de retaliação.

Do seu lado está o Parlamento Europeu, que numa resolução, aprovada em outubro, disse que manter estes dois países fora do espaço Schengen é uma forma de discriminação.

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