União Europeia adota novas sanções contra a Rússia

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De  Isabel Marques da Silva
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Já a fixação de um teto máximo para o preço do gás será fechado, na próxima segunda-feira, pelos ministros da Energia.

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Um importante pacote de medidas económicas foi aprovado na cimeira da União Europeia, quinta-feira, em Bruxelas. Entre elas está o nono pacote de sanções contra a Rússia, os 18 mil milhões de euros de ajuda para a Ucrânia em 2023 e a criação de uma taxa mínima de IRC de 15% para as multinacionais.

A ameaça de veto da Polónia incomodou alguns países, nomeadamente o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda: "É óbvio que a Rússia está a chantagear-nos todos os dias, mas se começarmos aqui a chantagear-nos uns aos outros, isto não é nada bom para a União Europeia".

O obstáculo foi ultrapassado, mas a fixação de um teto máximo para o preço do gás é tecnicmente difícil. Os líderes decidiram que o acordo final será fechado, na próxima segunda-feira, em reunião dos ministros da Energia.

O valor máximo, a data de entrada em vigor do mercanismo e o período de duração são os pontos em aberto, numa decisão crucial para tentar baixar os preços da energia.

"A discussão demorou cinco horas e concluímos que os ministros da Energia terão de fechar o tema daqui a três dias. Andamos a discutir isto há seis meses. Bem que gostaria de saber quando energia já podia ter sido comprada pela Comissão Europeia nesse tempo. Isto é muito importante porque ainda temos gás russo nos depósitos, mas nos próximos meses teremos de os encher. É importante saber o que nos espera no futuro", disse Xavier Bettel, primeiro-ministro do Luxemburgo.

Aumentar a competitividade sem deslealdade

Os chefes de Estado e de governo debateram como aumentar a competitividade industrial face à decisão dos EUA de subsidiar fortemente o setor automóvel elétrico e tecnologias para captar mais energias de fonte renovável.

Mais um choque que se soma à decisão da Alemanha, há poucos meses, de alocar 200 mil milhões de euros para ajudar as empresas, o que foi considerado desleal por outros países.

"Penso que na Europa corremos o risco de entrar numa via de desindustrailização. Atualmente, não há uma resposta comum e vemos, demasiadas vezes, que cada país tenta criar uma estratégia por conta própria. Parece um jogo para ver quem é que tem mais dinheiro no bolso para gastar. Alguns países podem pensar que têm os bolsos mais cheios mas, dentro de alguns meses, estaremos todos sem meios", afirmou Alexander De Croo, primeiro-ministro da Bélgica.

O pedido da Bósnia-Herzegovina para obter o estatudo de candidato a membro da União Europeia foi aceite.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, marcou uma cimeira extraordinária para 9 e 10 de fevereiro.

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