Antiga vice-presidente do Parlamento Europeu foi ouvido e continua na prisão

Eva Kaili vai ficar em prisão preventiva pelo menos mais um mês
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Eva Kaili era vice-presidente do Parlamento Europeu quando foi detida e vai continuar em preventiva pelo menos mais um mês no âmbito do "Qatargate"

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Eva Kaili, que era vice-presidente do Parlamento Europeu quando foi detida em dezembro, vai continuar em prisão preventiva pelo menos mais um mês.

A decisão da Justiça belga é contestada pelos advogados de Kaili, que continua a clamar inocência no escândalo de corrupção que está a afetar o Parlamento Europeu.

"O Ministério Público considera que existem todos os riscos que permitem a manutenção da prisão preventiva: o risco de fuga, risco de conluio com terceiros, risco de destruição de provas. Acreditamos que esses riscos não existem", afirmou Andre Risopoulos, advogado de Eva Kaili. 

Eva Kaili chegou ao tribunal algemada e com um ar exausto. Depois de ter falado durante 10 minutos, Kaili emocionou-se ao falar da filha de 23 meses, que está agora ao cuidado do avô materno. Pediu para que a filha ficasse consigo dentro ou fora da prisão.

A ex-vice-presidente do Parlamento Europeu insistiu que é inocente.

Um dos seus advogados diz que a cliente foi torturada na semana passada enquanto esteve 16 horas sob custódia da polícia federal belga.

"O que a senhora Kaili passou na cela da esquadra da Polícia Federal, em Bruxelas, parece de tempos medievais. Ela não pôde nem dormir, isso era proibido. Ela estava com frio, tiraram-lhe o casaco, foi deixada num quarto frio e foi-lhe recusado um segundo cobertor. Não permitiram que se lavasse. Tudo isto são torturas. É o que diz a Convenção Europeia dos Direitos Humanos e foi isto que a senhora Kaili me pediu para vos dizer, muito preocupada, para que ninguém passe pelo mesmo", disse Michalis Dimitrakopoulos, outro dos advogados de Kaili.

A defesa de Kaili diz que a cliente está a ser prejudicada em relação a outros suspeitos que não estão na cadeia e podem preparar a sua defesa, numa referência a Pier Antonio Panzeri, que fez um acordo com as autoridades belgas e inicia na terça-feira audiências secretas para revelar elementos relevantes do caso. Espera-se que revele mais nomes de pessoas envolvidas.

Já foi pedido o levantamento da imunidade dos eurodeputados Marc Tarabella e Andrea Cozzolino. O processo deve estar concluído no próximo mês.

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