"Estado da União": Europa atenta ao reposicionamento da China

O banco suíço Credit Suisse foi adquirido pelo banco UBS, também da Suíça
O banco suíço Credit Suisse foi adquirido pelo banco UBS, também da Suíça Direitos de autor Michael Buholzer/' KEYSTONE / MICHAEL BUHOLZER
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De  Stefan GrobeIsabel Marques da Silva
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A euronews entrevistou Reinhard Bütikofer, eurodeputado alemão dos verdes e presidente da Delegação para as relações com a China, sobre esta postura de Pequim.

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Uma possível crise bancária a alastrar pela Europa está no ar desde que o banco suíço Credit Suisse foi afetado pela queda de dois bancos nos EUA. O governo suíço forçou a aquisção deste banco pelo banco UBS, chegando a despojar os acionistas dos direitos de voto para conseguir concluir o negócio.

Isto deixa o pequeno país com um mega-banco com 1,6 biliões de euros de ativos combinados, aproximadamente o dobro do tamanho do produto interno bruto da Suíça.

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, foi clara ao apontar a diferença entre esses bancos e a saúde dos bancos da União Europeia: "Estamos muito confiantes de que o nosso setor bancário é sólido, está bem capitalizado, tem fortes rácios de liquidez. As regras que se aplicam na Europa não são as regras que têm sido aplicadas por outras instituições, nomeadamente pelas autoridades suíças. A Suíça não estabelece normas para o resto da Europa".

A dominar a semana esteve, também, a aproximação diplomática da China à Rússia, ao mais alto nível, com a visita do presidente Xi Jinping a Moscovo, para uma reunião com o homólogo Vladimir Putin.

Politicamente, os dois líderes saudaram uma "nova era" nas sua relação, colocando-se numa frente unida contra o Ocidente. Xi disse estar numa missão de paz com propostas para acabar com a guerra na Ucrânia, embora a palavra "guerra" nunca tenha sido mencionada.

A euronews entrevistou Reinhard Bütikofer, eurodeputado alemão dos verdes e presidente da Delegação para as relações com a China, sobre esta postura de Pequim.

"Xi Jinping é movido pela obsessão de fazer da China o poder global e dominante a nível mundial pelo menos em 2049, 100 anos após a fundação da República Popular da China. E disse-o em muitos discursos. Penso que a Europa, os Estados Unidos e todos os nossos parceiros e aliados deveriam levar essa ambição muito a sério", explicou.

(Veja a entrevista na íntegra em vídeo)

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