Fórum Kazenergy

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De  Euronews
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O abrandamento económico atingiu todos os setores, incluindo o da energia. A sua sustentabilidade é a tónica dos nossos dias. Os participantes no Fórum Kazenergy, em Astana, debateram os obstáculos do futuro. A dificuldade cada vez maior em fornecer e o aumento da procura de petróleo, forçam os governos e as empresas a enfrentar novos desafios. Segundo o Concelho Mundial de Energia em 2050 a procura global de petróleo duplicará.

Renato Bertani, Presidente do Concelho Mundial do Petróleo:

“A nova era continuará a defender os altos preços do petróleo. Isto deve-se ao facto de olharmos para o futuro. O petróleo continuará a ser a principal fonte de energia pelo menos nas próximas décadas. A procura aumenta e é necessário encontrar petróleo em zonas cada vez mais difíceis, mais complexas e mais caras.”

Kashagan é um dos mais complicados projetos tentados no Cazaquistão. Apesar de ser considerado a maior descoberta petrolífera desde os anos 60, a exploração foi adiada até 2005 devido aos custos e aos desafios técnicos. Contudo, graças à experiência e às novas tecnologias a primeira grande exportação será já no próximo ano.

Timur Kulibayev, Chairman da KAZENERGY Association:

“O perfil geológico do campo de Kashagan é muito complicado. Existe uma pressão subterrânea muito elevada, gás, hidrogénio sulfuretado.

Desenvolvemos novas tecnologias de injeção de gás para Kashagan em que utilizamos modernos compressores de alta pressão. Já utilizámos esta tecnologia no campo de Tengiz e de Karachaganak e agora vamos utilizá-la no campo de Kashagan.”

O campo de Kashagan é detido em partes iguais pela Eni, Exxon Mobil, Royal Dutch Shell, Total e pela Kazmunaigas do Cazaquistão.

As companhias ocidentais pretendem prolongar os seus contratos, mas, segundo as suas previsões, os preços não irão baixar.

Michael Borrell, Vice-Presidente Sénior, Continental Europe – Central Asia, Total:

“Para uma empresa como a Total, o crescimento é cada vez mais um desafio. A componente do financiamento necessita de preços de gás e de petróleo sustentáveis a um nível adequado que permita financiar o desenvolvimento futuro. Quando falo de preço adequado, falo de cerca de 100 dólares por barril para que haja viabilidade económica dos projetos a longo prazo.”

Enquanto as empresas tentam prever os preços, os peritos em energia prevêm o investimento necessário para a transformação da indústria.

Christoph Frei, Secretário-geraleral do World Energy Council:

“Há uma enorme necessidade de investimento. Estamos a falar de cerca de 30 triliões de dólares para as próximas décadas. Ou seja, investimentos na tecnologia, na formação profissional, na educação. Tudo isto representa uma ótima oportunidade quando se pretende reativar a economia global.”

Para a Europa o setor de transformação tem particular importância.

Jose Maria Aznar, antigo Primeiro-ministro espanhol:

“A Europa está extremamente dependente de energia. Os europeus devem definir seriamente o seu mercado energético porque em termos políticos a dependência energética é uma falha grave.”

“Os participantes no Fórum discutiram profundamente a revolução do gás de xisto nos Estados Unidos que já alterou a arena mundial da energia. Se tal acontecer também no setor petrolífero, os custos serão elevados, mas os lucros poderão ultrapassar as previsões. A questão é: quem vai colher os lucros”, Oleksandra Vakulina, Euronews.

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