Em Bratislava, na Eslováquia, como no resto da Europa, as mulheres são apenas um terço dos empresários.
Para desenvolver o empreendedorismo feminino, existe um projecto em curso, há quatro anos. Em Brastilava, mas também a poucos quilómetros daqui, na Áustria.”
A 20 minutos de Bratislava, em Hainburg, na Áustria, em 2008, Luica Haquel abriu o seu atelier de arquitetura. Depois de três anos como freelancer, foi posta à prova. A experiência internacional e o excelente conhecimento técnico não foram suficientes, para fazer dela uma mulher de negócios.
Por isso, interessou-se pelo projeto Regiãomulher, desenvolvido, em conjunto, pelas pelas câmaras de comércio de Bratislava e Viena.
“Realmente, precisava de formação, na área dos negócios. Precisava de informações: como gerir uma empresa, como conseguir novos contratos, como desenvolver o marketing. Em resumo, tudo o que está relacionado com os negócios”, disse ela, à euronews.
Luica participou em vários seminários e workshops sobre estes pontos e obteve informação crucial, sobre os aspectos legais, indispensáveis para fazer funcionar uma empresa, tanto na Eslováquia, como na Áustria.
Resultado: a sua actividade desenvolveu-se. E Luica conseguiu contratos mais aliciantes.
“Neste momento, estou a acabar um projeto muito grande. Isto representa 15 apartamentos, com uma área de 1000 m2. Pode dar-me trabalho, durante três anos e permite-me criar postos de trabalho, na minha empresa”.
São 2200 mulheres que participam no projeto Regiãomulher, na Áustria, e na Eslováquia.
O projeto Regiãomulher tem matriz Europeia. Foi finalista, em 2012, do Prémio Europeu para a promoção do espírito empresarial. Ivana Kondasova trabalha para a Câmara de Comércio e Indústria eslovaca e supervisionou esta iniciativa, onde se desenvolveu o conceito de “empresa feminina”:
“Um dos pilares do projeto Regiãomulher foi a Academia para empresas femininas. Bratislava teve 50 participantes e 33 delas fundaram empresas. Do lado da Áustria, tivemos 57 participantes e 23 lançaram novas empresas”.
Este projeto também derrubou certas barreiras que impediam as mulheres de se tornarem empresárias, como reconhece Ivana Kondasova:
“Elas também ganharam motivação, inspiração, foram aconselhadas, tiveram troca de experiências. Isso deu-lhes coragem e auto-confiança”.
Luica Haquel diz qual é a chave do sucesso:
“Para mim, a chave para o sucesso é a intuição, fazer-se o que se gosta, ajudar o cliente a realizar os seus sonhos e divulgar aquilo que se faz”.