Projeto "The Ocean Cleanup" testado no Mar do Norte

Projeto "The Ocean Cleanup" testado no Mar do Norte
De  Nelson Pereira
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O primeiro protótipo do projeto The Ocean Cleanup, concebido pelo jovem holandês Boyan Slat, foi esta semana instalado no Mar do Norte.

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O primeiro protótipo do projeto The Ocean Cleanup, concebido pelo jovem holandês Boyan Slat, foi esta semana instalado no Mar do Norte. O objetivo é testar a sua resistência ates de uma eventual instalação no oceano Pacífico.

Os ambientalistas alertam há vários anos para as milhares de toneladas de poluição dos mares. Este protótipo tem balizas flutuantes que permitem recolher o plástico da superfície dos mares.

Boyan Slat explica que as balizas flutuantes deste sistema permitem recolher da superfície dos mares o lixo plástico que mata um grande número de aves, mamíferos marinhos e outros seres vivos:

“O sistema consiste nestas longas barreiras flutuantes – como podemos ver aqui – que nos permitem recolher e concentrar o plástico, mas também de pontos de ancoragem que o reune num determinado lugar e de um mecanismo que o retira do oceano.”

O teste decisivo destas barreiras vai ser feito no Mar do Norte durante este ano. O lixo plástico recolhido será enviado para centros de reciclagem.

“No passado, as pessoas pensavam como limpar os oceanos, mas todas as ideias se baseavam num sistema de barcos com redes. O problema é que esse método não só mata a vida marítima e é muito despendioso como seriam necessários cerca de 79 mil anos para o fazer”, explicou Boyan Slat.

As barreiras flutuantes conseguem apenas recolher resíduos de plástico na superfície do mar, o que constitui uma pequena parte dos nove milhões de toneladas que podem ter-se acumulado nos oceanos desde 1970, de acordo com estimativas.

De acordo com Nina van Toulon, da Plataforma Indonésia para a Prevenção e Gestão dos Detritos Marítimos, “80% de todos os resíduos no mar provém de fontes terrestres e por isso o problema não pode ser combatido apenas no mar. Este protótipo ataca um dos aspetos da questão, mas se queremos realmente resolver o problema dos detritos marinhos temos de começar em terra.”

Se esta tecnologia passar com sucesso o teste, poderá ser implementada a partir de 2020. As estimativas apontam para um período de dez anos para remover cerca de metade da enorme bolsa de detritos de plástico que se concentram na região central do Pacífico Norte, trazidos pelas correntes marítimas (Pacific Garbage Patch).

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