Cientistas europeus testam cimento mais forte, mais barato e mais ecológico

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O projeto europeu Ecobinder está a ser desenvolvido em parceria com uma fábrica do norte de Itália.

Investigadores europeus estão a desenvolver um tipo de cimento mais eficiente, mais barato e com menos impacto ambiental.

O consumo anual de betão a nível mundial ronda os dez mil milhões de metros cúbicos. Mas, trata-se de uma produção muito poluente.

O projeto europeu Ecobinder está a ser desenvolvido em parceria com uma fábrica do norte de Itália.

"O betão é o material fabricado pelo homem mais usado na terra. Mas é responsável por cinco por cento das emissões de dióxido de carbono a nível mundial. Tanto do ponto de vista da natureza como do mercado, é importante desenvolver um cimento com menos impacto ambiental", explicou Arianna Amati, engenheira química da fábrica italiana e coordenadora do projeto Ecobinder.

Uma das soluções encontradas pelos investigadores é substituir alguns minérios usados no cimento que serve para o fabrico do betão.

"Precisamos de menos calcário que contém CO2 que é queimado durante o fabrico. Em segundo lugar, a produção do clínquer usado como aglomerante é feita a temperaturas mais baixas em relação ao cimento tradicional, o que poupa energia e diminui a produção de CO2. Outro aspeto, os nossos aglomerantes possuem certas propriedades especiais que também reduzem as emissões de CO2", explicou Jan Skoček, especialista em materiais da Heidelbergcement AG.

Os cientistas conceberam três tipos de cimento que foram usados na construção de três paredes, para ver qual funciona melhor.

Os novos materiais permitem uma construção mais rápida (dez horas em vez de dezasseis) e uma melhoria de 25% ao nível do isolamento térmico.

"Esta parede reflete as emissões solares, o que permite um maior conforto durante o verão. Introduzimos também um material poroso que melhora as propriedades térmicas", explicou Blandine Albert, cientista de materiais, da Lafarge Holcim.

O projeto está numa fase experimental. Se os testes demonstrarem a qualidade do novo material, os fabricantes de betão vão poder inspirar-se nesta investigação para fabricarem os seus produtos. O novo produto é mais fácil de fabricar e mais barato.

"Tudo isto poderá significar para nós um aumento da produtividade, menos horas de trabalho para fabricar o mesmo produto, menos manutenção ao nível das máquinas e no final grandes vantagens financeiras para a nossa empresa", disse Marco Nucci, gestor de qualidade da Tesystem.

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