Construído no ano passado num lago de dezoito hectares, perto de Zwolle, na Holanda, o parque flutuante produz 6% das necessidades de energia da cidade.
O maior parque solar flutuante fora da Ásia, construído no ano passado num lago de dezoito hectares perto de Zwolle, na Holanda, produz 6% das necessidades de energia da cidade.
O projeto combina alta tecnologia e um design exclusivo.“A produção de energia a partir de um painel solar flutuante funciona do mesmo modo que um sistema no solo ou no telhado. Mas, neste caso, os painéis solares estão num pequeno barco, digamos assim, com quatro flutuadores. Trata-se da base do barco. À volta dos flutuadores temos uma construção de aço como um telhado", explicou Willem Biesheuvel, gestor do projeto Floating Solar, da empresa alemã BayWa r.e.
A redução do custo da energia renovável
A BayWa r.e desenvolve atividades um pouco por todo o mundo e procura de soluções inovadoras na área das energias renováveis.
“A grande vantagem é que em países com uma população densa, mas com pouca terra disponível, podemos usar espaços para o quais não são necessários para outras coisas. As nossas instalações na Polónia demonstram, pela primeira vez, que podemos gerar energia solar pelo mesmo custo ou até menos, do que o gás, o carvão ou o petróleo”, disse Benedikt Ortmann, diretor global de projetos solares, da BayWa r.e.
O custo de produção é um aspecto importante, na medida em que os custos de investimento em sistemas de produção de energia renovável ainda são elevados. Ao integrar componentes de última geração, o parque solar torna-se altamente eficiente e duradouro, o que, a longo prazo, reduz os custos para o consumidor e para o produtor.
“A beleza das energias renováveis é que o sol e o vento são gratuitos. E quanto maior for a duração da utilização de um parque solar ou eólico mais barata fica a eletricidade. O que implica a necessidade de ter componentes de longa duração", sublinhou Benedikt Ortmann.
Parque flutuante tem vida útil de 30 anos
Um dos principais componentes das centrais solares são os inversores. A empresa recorre a inversores da Huawei, que transformam a corrente contínua dos painéis solares em corrente alternada, o que permite alimentar a rede elétrica.
“Atualmente, estamos a usar inversores de capacidade ainda mais alta, o que faz com que precisemos de menos inversores e permite economizar espaço e custos. Este tipo de inovação é a chave para o futuro da energia. Esta é a primeira etapa do processo, mas, a próxima etapa envolve obviamente lagos maiores e até o mar", sublinhou Willem Biesheuvel
Segunda a empresa, o parque solar flutuante de Zwolle tem uma vida útil de pelo menos 30 anos e a maior parte do material usado é reciclável.