Adultos que compram brinquedos e jogos: os 'kidults' estimulam venda de brinquedos

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Um número crescente de 'kidults' rejeita experiências digitais e volta a ligar-se ao jogo físico.

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As vendas globais de brinquedos atingiram quase 95 mil milhões de dólares em 2020, um aumento de 2,6 por cento face a 2019. 

O ano de 2021 deverá voltar a ser um ano de grande crescimento para o setor. No primeiro semestre, as vendas aumentaram 15%. Mais de um quarto das receitas provém dos chamados 'kidults', pessoas entre os 19 e os 29 anos com poder de compra.

O fenómeno dos 'kidults' favorece as vendas de brinquedos

Uma das novas tendências do sector é o aumento da procura de brinquedos mais tradicionais. A palavra "tradicional" significa coisas diferentes em função de cada grupo etário. Mas, quer se trate dos comboios dos anos 70 ou dos Transformers dos anos 80, um número crescente de 'kidults' rejeita experiências digitais e volta a ligar-se ao jogo físico.

A nostalgia dos brinquedos tradicionais

A época natalícia é a altura mais movimentada do ano na Hamleys em londres. O responsável de compras da loja afirma que este ano há um aumento da procura de brinquedos mais tradicionais. "É muito interessante ver a forma como as tendências estão a voltar. Na nossa lista das dez melhores vendas de natal estão brinquedos do tempo da nossa infância, como legos, barbies, pokemons. São marcas fortes que permanecem ao longo dos anos e que se reforçam. A pandemia favoreceu esse tipo de nostalgia", afirmou Jo Tumb, responsável de compras da loja britânica.

“Somos todos crianças no coração. Os brinquedos são para todos. Os consumidores viram-se para as marcas tradicionais e apreciadas da infância, tais como Hot Wheels, Barbie, Polly Pocket, Scrabble para jogar um jogo em família, passar tempo com a família e partilhar experiências. Desenvolvemos edições especiais limitadas para essa faixa etária e alargamos a comunicação da marca a novas plataformas, como a Netflix, para relançar programas de televisão virados para audiências mais antigas”, afirmou Sanjay Luthra, diretor executivo da Mattel Europa, Médio Oriente e África e presidente das Indústrias de Brinquedos da Europa.

A Mattel regista um ano positivo ao nível das receitas e tira partido do mundo digital. "Os jogos digitais fazem parte do nosso sucesso. A UNO, em parceria com a Ubisoft e o estúdio de jogos móveis Mattel163, é uma empresa criada em conjunto com a NetEase, uma das maiores empresas de jogos do mundo. No caso da UNO, houve mais 190 milhões de downloads e um aumento de 11 mil milhões do número de vezes que o jogo foi jogado", sublinhou Sanjay Luthra.

Os distúrbios nas cadeias de abastecimento afetam o setor dos brinquedos

Os distúrbios nas cadeias de abastecimento suscitados pela pandemia de Covid-19 estão a causar estragos em muitos setores, incluindo o dos brinquedos. 

“É verdade que tem sido um enorme desafio, e não apenas para o setor dos brinquedos. O que obrigou as lojas a trabalhar arduamente. As empresas de brinquedos estão a fazer tudo para conseguir ter nas lojas o máximo de produtos que saem das fábricas. Não entrem em pânico, haverá brinquedos. Mas se o seu filho, filha, neto ou neta pedir um determinado tipo de produto, o momento certo para comprá-lo caso o veja numa loja é agora, para que fiquem felizes no Natal”, frisou John Baulch , editor e diretor-geral da revista Toy World Magazine.

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