PME destacadas em Praga em clima de incerteza

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O evento mais importante da Europa para as Pequenas e Médias Empresas decorreu em Praga. Encontro serviu para celebrar boas práticas e iniciativas, mas também para discutir os desafios e impacto da crise energética.

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O choque energético, a crise da inflação e a recuperação pós-pandémica estiveram no centro do debate da Assembleia Anual das Pequenas e Médias Empresas (PME) deste ano, em Praga, o evento mais importante da Europa para as PME.

O foco principal foi, sem surpresa, a forma como as empresas sobrevivem aos atuais desafios da economia.

A Comissão Europeia tem como prioridade controlar os elevados preços do gás para as empresas. Bruxelas também quer reforçar as regras para que o pagamento às pequenas empresas seja mais rápido.

"As PME sofrem com os preços muito elevados da energia, sofrem com a inflação. Isso significa que temos de nos certificar de que são pagas a tempo. Foi por isso que a Comissão começou rever a diretiva relativa aos atrasos de pagamento. Para os preços da energia, precisamos de uma solução a nível europeu. Precisamos de um mecanismo que ajude a que os preços da energia desçam de forma consistente em toda a Europa", Hubert Gambs, diretor-geral adjunto da DG GROW, a direção-geral do Mercado Interno, Indústria, Empreendedorismo e PME da Comissão Europeia.

Os governos da União Europeia continuam sem chegar a consenso sobre como fazer baixar os preços da energia.

Cabe à Chéquia, que detém a presidência rotativa de seis meses, tentar intermediar um acordo.

Jozef Síkela, ministro checo do comércio, apelou à unidade antes de um Conselho extraordinário de Energia agendado para meados de dezembro.

"Temos, mais uma vez, de fazer alguma coisa, porque o Sr. Putin está basicamente sentado no Kremlin à espera que falhemos. Permitam-me que cite Winston Churchill, quando disse que “unidos venceremos, divididos caímos”. É muito importante que tenhamos isto em mente no próximo conselho extraordinário, quando discutirmos o próximo pacote de medidas".

Empresas investem na transição ecológica

A grande esperança entre os decisores políticos é que as atuais dificuldades energéticas da Europa se possam transformar numa oportunidade e ajudar a acelerar a transição ecológica.

Para alcançar esse objetivo, pequenas empresas inovadoras como a Devinn podem ser cruciais

A empresa checa desenvolveu um gerador de hidrogénio móvel, uma alternativa de aos modelos padrão com zero emissões.

Tomáš Schwarz, chefe do departamento de marketing da companhia, explica que "atualmente, se quisermos uma fonte de energia móvel que esteja fora da rede, independente da rede elétrica, precisamos de usar gasóleo ou outros combustíveis fósseis. Agora podemos usar hidrogénio e produzir eletricidade sem qualquer emissão de CO2. A única emissão é de água".

O fundo europeu de recuperação pós-pandemia exige que os Estados-membros gastem pelo menos 37% do dinheiro que recebem na transição ecológica, um objectivo-chave a que a guerra na Ucrânia conferiu maior urgência.

Para além de discutir os principais desafios enfrentados atualmente pelas empresas, a Assembleia anual das PME também recompensa as organizações que promovem o talento empresarial.

O prémio do Grande Júri deste ano foi para “Love to be Free”, uma iniciativa belga que liga e representa trabalhadores por conta própria.

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