O impacto da pandemia nas viagens e no nosso bem-estar

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Direitos de autor Hedgehog Studio / Unsplash
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Antes da pandemia já se sabia que as férias eram uma parte importante da felicidade das pessoas.

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A relação íntima entre saúde física e saúde mental é um dos temas mais debatidos hoje em dia devido à pandemia.

Por causa do novo coranovírus, milhões de pessoas adoeceram, perderam o emprego ou sofreram as consequências da redução dos contactos sociais. É difícil saber qual é a consequência mais devastadora da crise sanitária atual: os aspetos médicos, as dificuldades económicas ou o impacto psicológico?

O laço entre as viagens e a saúde mental

Antes da pandemia já se sabia que as férias eram uma parte importante da felicidade das pessoas. De acordo com a Helena McKeown, da British Medical Association, a Covid-19 foi um verdadeiro estudo de caso.

“Em geral, tornou-se claro que as pessoas trabalham e esperam pelas férias para descansar, e nos últimos 12 meses, as pessoas não puderam obter o descanso de que precisavam”, sublinhou a médica britânica.

O medo dos transportes públicos

Os transportes públicos passaram a ser uma fonte de ansiedade por serem locais onde se cruzam muitas pessoas. “É compreensível que haja alguma ansiedade em relação aos transporte públicos”, explicou Helena McKeown “Os aviões provavelmente são o problema principal, há um desconforto associado ao uso de máscaras durante um longo período.”

Voltar a viajar significa fazer face às multidões, à interação humana, em hóteis e transportes. Mas significa também regressar ao mundo das experiências novas, das aventuras enriquecedoras onde se conhecem pessoas e terras antes desconhecidas.

A indústria do turismo face ao futuro

Há uma grande preocupação em torno das indústrias que dependem do turismo e que têm estado quase paralisadas nos últimos doze meses. Os centros culturais, os teatros, os restaurantes, os bares, os museus, entre tantas outras instituições, enfrentam grandes dificuldades e alguns estabelecimentos foram obrigados a encerrar de forma definitiva.

Os estabelecimentos que têm conseguido sobreviver à crise interrogam-se sobre o dia de amanhã. Será que tudo vai voltar a ser como antes? A questão pode gerar muita ansiedade.

Um artigo da revista National Geographic afirma que a epidemia modificou o nosso sentido de medo. O distanciamento social implica evitar estar perto de outras pessoas, o que levanta a questão de saber como vamos reagir, no futuro, quando estivermos num sítio com muita gente.

É provável que até ao final da campanha de vacinação, seja preciso manter o distanciamento social, a higiene das mãos e o uso de máscara.

O impacto das vacinas nas viagens

As vacinas estão no centro das atenções porque são vistas como uma forma de voltar à normalidade. Discute-se muito a criação de “passaportes da Covid-19” para provar que a pessoa foi vacinada, fez um teste PCR ou adquiriu imunidade por ter sido contaminada. Mas tem havido vários percalços ao nível das campanhas de vacinação, o que pode causar alguma ansiedade.

“Recentemente, houve uma interrupção da vacinação nalguns países devido às preocupações em torno dos efeitos secundários da vacina da AstraZeneca”, referiu Helena McKeown “É complicado porque, embora essas questões precisem de tempo para poderem ser tratadas de forma adequada, a polémica atrasou o progresso da vacinação em certas partes da Europa”.

Há quem critique os “passaporte de vacinação” porque limitam a liberdade de escolha das pessoas que não querem ser vacinadas por motivos pessoais ou de saúde. A questão é especialmente delicada para quem família num país estrangeiro. Do ponto de vista legal, há várias interrogações: como é que as autoridades podem impedir as pessoas não vacinadas de viajar por motivos pessoais, de saúde e de trabalho?

É normal sentir-se ansioso

Não há dúvida de que estamos a viver uma das experiências humanas mais difíceis do nosso tempo. É totalmente compreensível sentir ansiedade face à situação atual e às incertezas em relação ao futuro.

Voltar a viajar significa fazer face às multidões, à interação humana, em hóteis e transportes. Mas significa também regressar ao mundo das experiências novas, das aventuras enriquecedoras onde se conhecem pessoas e terras antes desconhecidas.

O mundo está à nossa espera. Não vale a pena ter pressa. Fique na sua zona de conforto e viva uma aventura de cada vez!

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