Partimos à descoberta de Shaki, Património Mundial da UNESCO, e Lahij, berço do artesanato local, no Azerbaijão.
A cidade de Shaki, antiga paragem para comerciantes, ao longo da rota da Seda, no sopé das montanhas do Grande Cáucaso, integra a lista de Património Mundial da Unesco.
A criação de bichos-da-seda, o comércio de casulos e de seda eram as principais atividades de Shaki durante a era da Rota da Seda. Hoje em dia, a seda e o comércio continuam a ocupar um papel de destaque da vida económica da cidade.
Quando se fala em Rota da Seda pensa-se logo nas caravanserai, as estalagens tradicionais situadas à beira da estrada.
"No século XVIII, havia cinco caravanserai em Shaki, mas hoje em dia, há apenas duas. Apesar de ser a mais pequena, tem mais de 100 quartos", disse à euronews Qafur Ramizli, especialista em proteção do património arquitetónico.
O palácio de Khan, residência de verão dos Sheki Khans
O palácio de Khan, residência de verão dos Sheki Khans, é uma visita incontornável.
"O palácio foi construído em 1762 pelo neto de Chelebi Khan, como um palácio de verão para trabalho. A construção demorou dez anos. O edifício ficou de pé em dois anos, mas a pintura e a decoração levaram 8 anos", acrescentou o especialista.
Os vidros usados nas janelas do palácio vieram de Itália, mas, as janelas foram fabricadas localmente, segundo uma técnica intitulada Shebeke. "A madeira e o vidro são encaixados, os materiais são cortados de uma forma particular, e não se usa pregos", explicou Qafur Ramizli.
Os mestres do cobre de Lahij
Lahij é conhecida como a aldeia dos artesãos. Há 40 ofícios reconhecidos. Mas foram os funileiros que tornaram Lahij famosa. Hoje, trata-se de um ofício em vias de extinção.
"Havia entre 15 e 20 funileiros a trabalhar em simultâneo nesta oficina. Agora sou o único. Os meus filhos por vezes ajudam-me. Quero que a nova geração e que as crianças se interessem por aprender este ofício", contou à euronews Kebleyi Aliyev.