Lyon enche-se de brilho para a Festa das Luzes

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A Festa das Luzes, que se transformou num ex-líbris de Lyon, atrai, todos os anos, entre três a quatro milhões de visitantes.

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A Festa das Luzes, que se transformou num ex-líbris de Lyon, atrai, todos os anos, entre três a quatro milhões de visitantes. Para o evento, dezenas de instalações dão outra vida a edifícios e lugares emblemáticos da cidade francesa.

James O’Hagan, Euronews – Desde o início, em 1600, quando começou como uma tradição religiosa local, a Festa da Luzes transformou-se gradualmente para se assumir como um evento urbano na vanguarda do design, da inovação e da expressão artística.”

Num anfiteatro galo-romano com vista sobre a cidade de Lyon, Damien Fontaine criou uma instalação que viaja pela fantasia e se inspira numa lenda sobre um cavalo mágico.

“Estamos num lugar carregado de história. A instalação baseia-se numa lenda hindu. Conta que o cavalo Balaha, que tem medo de um dragão vindo de outra constelação, voa pelo céu e volta a pousar na terra com um galope de luz. Foi um antigo tecelão de seda que desenvolveu este conceito há dez anos e conseguiu criar uma textura, como uma textura de vestuário, mas na qual teceu fibra-ótica. É um processo realmente único. A novidade é vestir um cavalo desta forma. É uma estreia mundial”, sublinha o artista e criativa Damien Fontaine.

A instalação “Insert Coin”, da empresa holandesa Mr. Beam, transforma o espaço público numa estória povoada de personagens clássicos de culto.

“Na verdade é uma homenagem aos jogos de computador. Crescemos todos a brincar com jogos de computador, a jogar ao packman. Por isso, esta foi uma oportunidade muito boa para colocar em ação a nossa energia, as referências criativas que temos, a animação e contar uma estória”, sublinha Mehdi Assem, um dos co-criadores da instalação.

Bucko Arends, o parceiro de empreitada, acrescenta: “Penso que é uma estória sobre colaboração. Os personagens principais saltam para um mundo em que são desconhecidos, mas reconhecem coisas porque jogaram antes. Esperamos que o público aprecie realmente a estória e se sinta conectado com os personagens principais.”

Paraquedista e artista, Christophe Martine é um homem fascinado com os objetos voadores que ganham vida com luz. Criou a instalação “Les Pikooks”, em que retrata duas grandes corujas que guardam ovos preciosos a flutuar sobre uma fonte.

“Tentámos criar um mundo de fantasia com duas estruturas que parecem corujas, mas podemos também vê-las como peixes. Tentámos deixar espaço para a imaginação, para que as pessoas possam interpretar o que quiserem. Com um ninho. Na verdade estes pássaros vão nidificar e veremos o jogo com as luzes que dá a sensação de incubação. Esta incubação de luz vai dar vida às estruturas. A ideia é oferecer magia e poesia”, sublinha Cristophe Martine.

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