Netanyahu não convence diplomacia europeia

Netanyahu não convence diplomacia europeia
De  Isabel Silva com LUSA
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Há mais de duas décadas que um primeiro-ministro israelita não era recebido por uma assembleia de chefes da diplomacia dos países da União Europeia.

Mas Benjamin Netanyahu sentia-se, esta segunda-feira, mais otimista para dizer que esperava que a maior parte dos países reconhecesse, em breve, Jerusalém como a capital de Israel.

“Existe atualmente um esforço para avançar com uma nova proposta de paz por parte da administração dos EUA. Acho que devemos dar uma oportunidade à paz. Chegou o momento dos palestinianos reconhecerem o estado judaico e de reconhecerem que a capital se chama Jerusalém “, disse o primeiro-ministro israelita, numa conferência de imprensa, em Bruxelas.

Watch: Prime Minister Benjamin Netanyahu’s remarks during joint statements with Federica Mogherini, High Representative of the European Union for Foreign Affairs and Security Policy, at the start of his meeting with the Foreign Ministers of the European Union in Brussels. pic.twitter.com/ZjsumzFBRQ

— PM of Israel (@IsraeliPM) December 11, 2017

Mas a União Europeia voltou a distanciar-se da posição norte-americana, insistindo que Jerusalém deve ser uma capital partilhada e alertando para a necessidade de envolver os europeus nas negociações.

“Nenhuma iniciativa de paz, nenhuma tentativa de reiniciar as conversações de paz entre os israelitas e os palestinianos, pode acontecer sem a intervenção dos EUA. Mas não haja ilusões por parte dos EUA de que uma iniciativa apenas liderada pela parte norte-americana possa ser bem-sucedida”, disse Federica Mogherini, chefe da diplomacia comunitária.

“PM Netanyahu realised there is full EU unity: only realistic solution is based on two states, with #Jerusalem as capital. We want to continue to work with the Quartet with US, Russia and UN and to enlarge this forum” FedericaMog</a> <a href="https://t.co/8AGjMBNBaE">pic.twitter.com/8AGjMBNBaE</a></p>— EU External Action (eu_eeas) December 11, 2017

O governo português está alinhado com este posicionamento e o ministro Augusto Santos Silva recusou a ideia de mudar qualquer embaixada naqueles territórios sem um acordo que seja aceite pelas duas partes.

A União Europeia denuncia regularmente a colonização dos territórios palestinianos, impõe medidas restritivas aos produtos provenientes dos colonatos e mantém-se como o principal fornecedor de fundos da Autoridade Palestiniana.

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