Matteo Salvini da Lega (a antiga Lega Nord) pretende defender as fronteiras italianas e acusa a UE de ignorar os cidadãos comuns.
O líder de extrema-direita italiano, Matteo Salvini, foi recebido com aplausos de apoiantes esta terça-feira em Estrasburgo, antes de participar na sessão plenária do Parlamento Europeu.
Salvini pode vir a tornar-se primeiro-ministro italiano na sequência das eleições legislativas que deram a vitória a partidos anti-sistema.
Dirigindo-se aos jornalistas presentes na sala de imprensa, Salvini acusou a União Europeia de concentrar-se demasiado em regras e números e não nos cidadãos comuns.
Salvini falou igualmente sobre o desrespeito da regra orçamental dos 3% e à possibilidade de Itália sair do euro.
'Somos pessoas de senso comum e como tal esperamos renegociar alguns destes tratados, diretivas e obrigações. Caso contrário, não coloco de parte outras opções. Improvisar a nossa saída do euro não é algo que antevejo. Se houver uma maioria de governos preparados para discutir as políticas monetárias, então contar-nos-emos entre eles", disse Salvini antes de se dirigir aos eurodeputados.
Quanto à questão da emigração e do sistema de quotas obrigatórias, Salvini deixou claro que a sua prioridade é a defesa das fronteiras externas de Itália.
"O nosso objetivo é evitar as chegadas e investir nas deportações. Temos que defender as nossas fronteiras externas, o número de relocalizações tem sido muito baixo, é uma espécie de insulto à custa de Itália. Há pequenos passos que foram tomados como a abertura de centros em África para identificação e acompanhamento dos migrantes mas temos que acelerar o processo", rematou o líder da extrema-direita italiana.
João Ferreira