Não será exagerado dizer que Cuba ficou suspensa quando viu Fidel Castro cair literalmente. Não só na ilha caribenha, mas em todo o mundo, falou-se no simbolismo da queda que os opositores de Castro interpretaram como o sinal da decadência do regime.
Mas eis que cinco dias depois, de braço ao peito e com a perna esquerda fracturada, embora não visível, o presidente cubano surge na televisão com o habitual dinamismo e um comunicado controverso. Castro anunciou que o dólar vai deixar de circular em Cuba e que as transacções vão passar a ser feitas em pesos convertíveis, uma moeda que, segundo o líder cubano, mantém a estabilidade.
A partir do dia 8 de Novembro, o câmbio do dólar, que até agora foi a base do turismo local, vai exigir uma comissão de 10 por cento. O anúncio já provocou uma corrida aos bancos. O governo de Fidel incita os cubanos no estrangeiro a enviarem divisas como o Euro.