Foi no Parlamento de Kiev, perante cerca de 60 delegações estrangeiras, que Viktor Iuschenko foi empossado, ao meio dia local, 10h00 da manhã, em Lisboa. Sobre a Constituição e sobre um Evangelho, que data do século XVI, Iuschenko jurou lealdade à Ucrânia.
A cerimónia de hoje pôs fim a dois meses de crise política. Só na passada quinta-feira é que o Supremo Tribunal de Kiev confirmou a vitória de Viktor Iuschenko nas eleições de 26 de Dezembro.
Estas eleições foram a repetição da segunda volta, realizada a 21 de Outubro e que acabou por ser impugnada, na sequência da Revolução Laranja – que trouxe para a Praça da Independência centenas de milhar de ucranianos, em protesto contra a fraude eleitoral.
Mas Iuschenko tem pela frente uma tarefa difícil e está consciente disso. Ao ganhar as eleições com 51,99% dos votos, contra 44,22% do seu adversário, o presidente tem em mãos um país dividido entre a aproximação à Europa e fidelidade à Rússia.
O novo governo que vai agora formar deverá, pois, conseguir alcançar o equilíbrio, neste país de 48 milhões de habitantes.