John Roberts já prestou juramento como presidente do Supremo Tribunal dos Estados Unidos. Aos 50 anos, este conservador moderado torna-se no mais jovem juiz a dirigir o órgão máximo da Justiça norte-americana.
Roberts substitui William Rehnquist, outro juiz conservador, que faleceu no início deste mês aos 80 anos, vítima dum cancro.
Após assumir este cargo vitalício, John Roberts formulou o desejo de “deixar às gerações futuras, um quadro de governação autónoma tão forte e vibrante como o legado” do seu predecessor.
Salvo qualquer acidente, Roberts terá várias décadas para deixar a sua marca no Supremo, que terá de pronunciar-se sobre questões dificeis como o aborto, os direitos dos homossexuais, bem como a protecção ambiental ou o financiamento das campanhas políticas.
A nomeação de Roberts foi fruto de longas negociações entre Republicanos e Democratas, que ameaçam bloquear a próxima escolha de Bush, caso o presidente opte por alguém mais conservador para ocupar o lugar de Sandra Day O´Connor que renunciou ao cargo em Julho.
Para conseguir uma aprovação como a desta quinta-feira em que o presidente do Supremo foi confirmado pelo Senado com 78 votos a favor e 22 contra, George W. Bush terá de propor um nome tão consensual como Roberts, que conseguiu o “sim” de metade dos senadores democratas. Mas, na próxima nomeação, estará em causa o balanço de poderes entre os nove membros do Supremo e, por isso, a expectativa é enorme sobre o nome que Bush deve anunciar na próxima semana.