A “grande coligação” alemã de Angela Merkel conseguiu obter um compromisso sobre o salário mínimo.
O acordo oferece a possibilidade de uma trégua entre parceiros no governo até às eleições de 2009 e a chanceler pode assim concentrar-se na preparação da cimeira europeia desta semana.
Os conservadores de Merkel não cederam à introdução de um salário mínimo geral, como existe noutros países europeus, mas permitiram a extensão a outros sectores do regime em vigor para a construcção civil, que fixa a própria remuneração base.
O deputado cristão-democrata Ralf Brauskiepe “diz que a autonomia da regulação dos salários é uma boa tradição alemã”.
Os social-democratas insistiam na aplicação de um salário mínimo generalizado, devido a receios acerca do trabalho mais barato proveniente dos novos membros da União Europeia.
Ottmar Schreiner, membro do SPD diz que “o número de pessoas com salários baixos aumentou recentemente e é por isso que conduzem a discussão sobre a remuneração base”.
O compromisso obtido na maratona nocturna na chancelaria, permite agora a Merkel focar-se nos planos para um acordo sobre um novo tratado europeu, que a chefe de governo pretende obter na cimeira de quinta e sexta-feira em Bruxelas.