O presidente Omar Hassan al- Bachir foi esta segunda-feira acusado de genocídio, crimes de guerra e contra a humanidade no Darfour, pelo procurador do TPI de Haia.
Luis Moreno Campo pediu ao tribunal penal um mandado de captura internacional contra o chefe de Estado do Sudão.
O Governo sudanês rejeita as acusações e afirma não reconhecer a existência do Tribunal.
O conflito do Darfour fez 200.000 mortos, ou apenas 10.000, segundo as autoridades de Cartum.
Campo acusa al- Bachir de ter utilizado as forças armadas e as milícias ‘djandjaouid’ para o extermínio directo de milhares de civis, tendo “condenado centenas de milhares de refugiados a uma morte lenta”.
Os deslocados são protegidos por uma força mista da União Africana e da ONU composta por 9.000 homens.
A missão continua à espera de um reforço de 17.000 soldados e enfrenta actualmente uma deterioração das condições de segurança.
O comandante da força Martin Agwai anunciou “a evacuação de pessoal não essencial”.
Enquanto na capital sudanesa começaram as manifestações contra o TPI, o ministro da justiça sudanês afirmou que a acusação ao presidente Bachir, pode representar “o fim da esperança para uma solução pacífica no Darfour”.