A troca arrancou esta quarta-feira de manhã com o Hezbollah a entregar os caixões com 2 soldados israelitas mortos, entretanto identificados como Ehud Golwasser e Eldad Regev, alegadamente raptados em 2006 junto à fronteira libanesa.
Recorde-se que foi este incidente a precipitar a guerra de 34 dias entre Israel e o Hezbollah que matou mais de 1 milhar de libaneses e cerca de 160 israelitas.
Os corpos dos soldados israelitas foram identificados com recurso a testes de ADN.
No cumprimento do acordo patrocinado pela ONU e mediado pela Cruz Vermelha, foi a seguir a vez de Israel entregar os restos mortais de militantes do Hezbollah.
Os cadáveres foram recebidos com pompa e circunstância no lado libanês da fronteira de Naqura.
O acordo prevê a entrega de 200 militantes do Hezbollah mortos, um momento histórico muito celebrado pela população.
Mas se no Líbano o tempo é de celebração, em Israel, há quem veja nesta troca um triunfo da milícia xiita sobre o Estado hebreu e mais uma humilhação ao frágil governo de Ehud Olmert
São muito os que se interrogam sobre as vantagens da troca de 5 prisioneiros vivos e de mais umas centenas de restos mortais por dois soldados mortos.