Bruxelas vai discutir reforço do controlo sobre sector bancário

A União Europeia continua a recusar adoptar um plano de resgate, similar ao norte-americano, para lidar com a crise financeira.
A Comissão Europeia vai discutir amanhã o reforço das medidas de supervisão sobre o sector bancário, mas sem abordar a espinhosa questão do recurso a fundos públicos para salvar as próximas eventuais vítimas da crise.
No entanto o aumento de capital do banco franco-belga Dexia, depois da nacionalização do Fortis, mostra que individualmente, vários países europeus seguem a linha intervencionista da Casa Branca.
Os dirigentes do Dexia apresentaram demissão depois de França, Bélgica e Luxemburgo terem injectado mais de 6 mil milhões de euros numa operação de aumento de capital.
Em Bruxelas, o comissário europeu do Comércio, Peter Mendelson, optou por criticar antes de mais o chumbo do plano Paulson nos Estados Unidos. “Ninguém diz que o projecto é perfeito mas queremos que seja aprovado, afinal esta crise começou na América e o contra-ataque tem que começar no país”.
Reino Unido e França discutem nas últimas horas formas de minorar o impacto da crise norte-americana sobre o sector bancário nacional. O presidente francês Nicolas Sarkozy quer convocar para Novembro uma conferência internacional, entre os países europeus do G8, para discutir medidas para travar a crise.
Paris, Londres e Berlim asseguram estar em contacto permanente com a Casa Branca para acompanhar a situação.