Dezenas de vítimas da explosão da fábrica AZF, que em 2001 matou 31 pessoas em Toulouse e deixou milhares feridas, manifestaram-se, esta manhã, junto ao edifício onde se reúne o tribunal.
O julgamento, que deverá durar quatro meses, é um dos maiores alguma vez realizados em França.
Cada vítima tem as suas expectativas: “Quero saber a verdade, mas não acredito que venhamos a saber como realmente tudo se passou”, desabafa um homem.
“Quero reconstruir a minha casa e quero compensações morais. Há oito anos que passo dificuldades”, queixa-se uma mulher.
A explosão destruiu 30 mil casas, numa área de vários quilómetros.
O tribunal vai tentar apurar as responsabilidades na tragédia ocorrida a 21 de Setembro de 2001. No banco dos réus sentam-se Serge Biechlin, director da fábrica à época dos acontecimentos e a Grande Paroisse, sociedade do grupo Total, proprietária da fábrica, acusados de homícido involuntário e destruições e degradações involuntárias.