Enquanto a Europa e a América lutam com dificuldades para sair da crise, a economia chinesa cresceu mais do que o previsto. O crescimento atingiu 8,7%; Pequim tinha definido como objectivo os 8%.
É o ritmo de crescimento mais elevado dos dois últimos anos. Uma robustez para a qual contribuiu fortemente o quarto trimestre, no qual o PIB aumentou 10,7%.
O Produto Interno Bruto esteve em progressão continua ao longo do ano de 2009; as exportações aumentaram 17,7%, com especial incidência no último trimestre.
Os dados mostram uma China na eminência de se tornar na segunda maior economia do mundo, destronando o Japão, e também no maior mercado mundial de produtos de luxo, um verdadeiro paraíso para as grandes marcas.
Um responsável do Boston Consulting Group, em Hong Kong, explica:
Neste momento, os clientes chineses são mais jovens do que a maior parte dos clientes que as empresas têm noutros sítios. Os rendimentos das pessoas aumentaram e ontem ainda não podiam comprar produtos de luxo, mas daqui a um, dois, ou três anos, terão os meios e o interesse para a procura dos produtos”.
Na mira dessa mudança, muitas empresas de produtos exclusivos sediadas em Londres ou Nova Iorque começam a instalar-se em Pequim e Xangai. Por enquanto, as principais marcas têm representações nas regiões administrativas de Hong Kong e Macau onde as taxas sobre os produtos de luxo são mais baixas.